A morte de um homem após discussão com policiais militares na Vila Barraginha, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesse sábado (16), chegou à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Neste domingo, a entidade emitiu nota exigindo investigação dos fatos que considera “gravíssimos”.
O homem, de 29 anos, era tido pela PM como chefe do tráfico de drogas na região. A corporação afirmou que, durante a discussão, ele tentou pegar as armas dos policiais, que em defesa, efetuaram três disparos. Mesmo sendo encaminhado ao hospital, ele
De acordo com a OAB, um parente de morador da Vila entrou em contato para pedir intervenção da Ordem, afirmando que tratava-se da terceira execução em menos de duas semanas no local. “A CDH [Comissão de Direitos Humanos] por meio de um de seus membros acompanha o caso desde as 01:30 horas da manhã, acionou as autoridades, como o MP e a própria Ouvidoria de Polícia do Estado”, afirmou.
A denúncia feita à entidade diz ainda que as execuções, incluindo a desse sábado, aconteceram “porque o suposto traficante e outros não ‘pagaram’ os valores de suposta corrupção cobradas e devidas aos policiais”. Citou ainda que família sem ligação com o crime estariam sendo linchadas pela PM.
A própria OAB entrou em contato com a Ouvidoria de Polícia do Estado. “Nesta tarde o Ouvidor de Polícia do Estado, o Dr Paulo Alkimim em resposta, nos disse que dois militares foram identificados e estão presos”, disse ainda na nota.
A corregedoria da PM esteve no local, recolheu as armas dos policiais e apura a morte do homem. Uma irmã e uma prima da vítima disseram à Itatiaia que ele não reagiu em nenhum momento, e confirmaram que a vítima já vendeu drogas. Elas negam que ele seria o chefe do tráfico na região e afirmam que o homem não estaria envolvido com a criminalidade.
A reportagem também entrou em contato com a corporação, e questionou a suposta corrupção citada pela denúncia à OAB, mas ainda não teve retorno.