A
Assunto há décadas na capital, o gerente de Defesa dos Animais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Leonardo Maciel, explicou que os jacarés são monitorados desde 2017 por meio de censo e estudo. “Até o presente momento, nós acusamos a presença de cerca de 20 animais, mais o nascimento dessa ninhada de 11 filhotes”, explicou.
O censo é realizado por profissionais especializados, como veterinários e biólogos, contratados para essa finalidade. “Essa verificação é feita através de visitas à pé e incursões. Eles são contados repetidamente. A localização preferencial desses animais é referenciada por GPS”.
É uma espécie de reprodução bem lenta, de crescimento lento. Então, pelo número de animais que tem na Lagoa e pelo tamanho dela, a gente não considera, inicialmente, que há risco de desequilíbrio ambiental pela presença desses animais.
Além disso, conforme Maciel, os jacarés não oferecem perigo aos visitantes da lagoa. “Nós não identificamos nenhuma doença, nenhuma zoonose passível de ser transmitida [...] Pelo que nós computamos, é uma espécie bastante tímida. A tendência dessa espécie é fugir do contato humano e se esconder”, contou.
Acidentes, que são raros, só acontecem quando o animal é contido por pessoas ou quando há tentativa de puxá-lo pela cauda.
“Então, o que nós aconselhamos, é apenas observar, fotografar, compartilhar, mas não tentar tocar ou se aproximar dos animais que têm natureza pacífica”, disse Maciel.
Para ele, a foto viral é uma “luz de que a natureza pode se recuperar”, mas, ao mesmo tempo, também representa “um grito de alerta da natureza”.
Como eles chegaram à Lagoa?
De acordo com Maciel, ainda não há um consenso sobre a chegada dos jacarés na Pampulha. “Sabe-se que os os jacarés estão presentes na Lagoa da Pampulha há décadas. A história é bem antiga, não há um consenso de como eles chegaram lá, se já estavam na construção da lagoa, se fugiram de algum local ou se foram levados para lá”, explicou.