Já ouviram falar o dito popular “se não ajuda, não atrapalhe”? Pois é o que acontece na cabeça de algumas pessoas importantes e influentes que colocam suas ideologias à frente do que realmente interessa para a maioria. Falo da polêmica que envolve os comentários recentes da deputada federal Duda Salabert sobre o Parque da Linha Férrea, entre os municípios de BH e
Ela afirmou, em entrevista a alguns veículos de imprensa, que as obras de mobilidade na divisa entre as duas cidades são para “beneficiar somente carrões dos condomínios de luxo”. Ora, Duda, me ajuda!
Ainda segundo ela, o projeto não levou em conta o meio ambiente e que comunidades quilombolas a 10 quilômetros da região – isso mesmo, 10 quilômetros - não foram consideradas.
Mas a nobre deputade desconsidera o sofrimento de milhares de pessoas e prefere a “lacração da política fácil”, como bem disse o colunista Ricardo Kertzman, do site de notícias “o Fator”.
Ainda bem que a reação foi imediata. Como a do prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez que, junto com o prefeito de BH, Fuad Noman, liderou o projeto que não só vai beneficiar os carrões de luxo com ar-condicionado no talo. Mas sim, e principalmente, milhares de estudantes, trabalhadores e pessoas em busca de atendimento hospitalar que sofrem, diariamente, dentro de transporte coletivo lotado e precário no trânsito e necessitam de uma solução de mobilidade urgente.
Para quem não conhece o projeto urbanístico, acesso este
Ao falar mais o que deveria, a deputade ignora completamente os milhares de cidadãos simples e trabalhadores que precisam de mais conforto. Esquece que o projeto, antes de ser iniciado, levou anos de estudos, debates e audiências públicas – que ainda acontecem para ajustes -, projetos técnicos, duas prefeituras envolvidas, o Ministério Público de Minas Gerais e o Ministério Público Federal, a União, empreendedores, ambientalistas, arquitetos. Tudo dentro dos conformes.
Esperamos que a nobre parlamentar pense direitinho, analise os fatos, antes de sair por aí falando...deixa pra lá.