O deputado estadual do Rio de Janeiro TH Joias, preso por ligação ao Comando Vermelho na capital fluminense, confeccionou joias para diversos famosos de vários segmentos, como esporte, música, entre outros.
TH aprendeu as funções de ourives com o pai e seguiu fazendo joias personalizadas. Nas redes sociais, ele mostrava as peças que fazia para o público e também para diversos famosos, como os jogadores Neymar e Vinícius Júnior, os cantores Poze do Rodo e Ludmilla e até mesmo para o influenciador Hytalo Santos,
Outros famosos que adquiriram peças personalizadas por TH Joias foram: o ex-jogador Adriano Imperador, o jogador John Kennedy, do Fluminense, o jogador Deyverson, do Fortaleza, e os cantores Wesley Safadão, L7nnon e Leo Santana.
O deputado estadual pelo Rio de Janeiro TH Joias (MDB) foi preso nesta quarta-feira (3) por possível ligação à facção Comando Vermelho (CV), além de tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito.
Peças feitas por TH Joias
Quem é TH Joias?
Ele foi preso em um condomínio na Barra da Tijuca, segundo a CNN.
Entre 2017 e 2018, ele chegou a ser preso por suspeita de pagar propina a policiais e vender drogas e armas. Ele também era apontado como responsável por lavar dinheiro para o Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigo dos Amigos (ADA).
Antes da carreira na política, ele apoiava iniciativas sociais ligadas ao esporte e à cultura nas favelas do Rio.
Ele se candidatou em 2022 e recebeu 15.105 votos, sendo suplente de Otoni de Paula pai. Após a morte do parlamentar em 2024, TH assumiu a cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Operação da FICCO
Além de TH, outras duas pessoas foram presas, sendo elas: Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, o ‘Dudu’, assessor nomeado por TH na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e Gabriel Dias de Oliveira, o 'Índio do Lixão’, traficante do CV.
Também são alvos da operação Luciano Martiniano da Silva, o ‘Pezão’, Edgar Alves de Andrade, o ‘Doca’, chefe do CV, e Manoel Cinquine Pereira, o ‘Paulista’.
Agentes da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) fazem parte da operação e cumprem os mandados de prisão e busca e apreensão.
Os acusados, segundo a denúncia, tinham vínculos estáveis com o CV, atuando no Complexo da Maré e no Complexo do Alemão, além da comunidade de Parada de Lucas. Eles intermediavam a compra e venda de drogas, armas e equipamentos antidrones usados para dificultar operações policiais nos territórios ocupados pela facção, de acordo com as investigações. Eles também movimentavam grandes valores de dinheiro em espécie para financiar as atividades do Comando Vermelho.