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MG: febre maculosa já matou seis pessoas em 2025; quatro foram na Grande BH

Em todo o estado já são 35 ocorrências da doença, o que preocupa as autoridades de saúde

A febre maculosa é transmitida pelo carrapato-estrela

Em Minas Gerais já são seis mortes por febre maculosa em 2025, sendo quatro delas registradas na região metropolitana. Duas em Matozinhos e duas em Caeté. O município de Matozinhos, inclusive, decretou situação de emergência em saúde pública após registrar quatro casos. Em Belo Horizonte, são 5 ocorrências.

Em todo o estado já são 35 ocorrências da doença, o que preocupa as autoridades de saúde.

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Na região metropolitana, as prefeituras já reforçam o monitoramento de animais que possam ser hospedeiros de carrapatos e alertam a população para cuidados em regiões de matas e margens de rios.

Em Nova Lima, Ribeirão das Neves e Santa Luzia não há casos confirmados. Em Santa Luzia, entretanto, são 23 registros em investigação. Julia Gabriela Machado Martins, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da cidade, reforça como a população pode se prevenir da doença.

“Utilizar repelentes para evitar picadas de carrapatos, verificar e remover carrapatos após atividades ao ar livre, especialmente em áreas de risco, usar roupas de proteção em locais com vegetação densa, adotar medidas de prevenção em animais, mantendo pets e animais de criação livres de carrapato, e é fundamental ressaltar que ao surgirem sintomas, a pessoa deve procurar imediatamente a unidade idade de saúde mais próxima”, destaca.

Em Betim, são dois casos de febre maculosa confirmados e 4 suspeitos em 2025. Lídia Assis Chaves, médica de referência epidemiológica de Betim, explica quais sintomas são mais comuns e as medidas tomadas pelo município.

“Quando a pessoa é contaminada com essa doença, ela se manifesta com febre, manchas vermelhas pelo corpo, inclusive em mãos e pés, dores no corpo, dores em articulação, dor abdominal, diarreia e vômito. Esses sintomas iniciam até 15 dias depois da picada do carrapato. Quando a gente tem a confirmação do caso, as unidades acionam a vigilância epidemiológica juntamente com a unidade de vigilância da zoonose e nós fazemos uma investigação e um controle ambiental”.

Em Contagem, três pessoas já se contaminaram com a doença neste ano e 9 estão em investigação. Juliana Froeseler, diretora do Centro de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde de Contagem, destaca o trabalho de prevenção à doença.

“A unidade de vigilância e controle de zoonoses de Contagem mapeia e monitora todas as áreas de incidência do carrapato. São realizadas vistorias, coletas de amostras, ações de educação e saúde para população local e bloqueio químico quando há infestação. Além dessas ações, é disponibilizado para munícipes que possuem equinos, principalmente aqueles que exercem atividades de carroceiros, o banho carrapaticida com efeito residual nos períodos estratégicos com o cronograma”.

Itabira, na Região Central do estado, também registra quatro casos confirmados. Os municípios de Antônio Dias e Caratinga confirmam um caso cada.

Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, trabalhou na produção de matérias para a rádio, na Central Itatiaia de Apuração e foi produtora do programa Itatiaia Patrulha. Atualmente, cobre factual e é repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.