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Sogra que envenenou nora coloca culpa do crime em filha que também morreu envenenada

Segundo a investigação, as mortes de Nathália, filha de Elizabete e de Larissa, nora da aposentada, aconteceram em intervalo de um mês

À esquerda aparece Larissa, que era casada com o Luiz Antonio Garnica; o médico abraçado com a mãe Elizabete Arrabaça e a filha da aposentada, Nathalia Garnica.

Elizabete Arrabaça, mãe do médico Luiz Antônio Garnica, ambos denunciados por homicídio triplamente qualificado, por envenenar Larissa Rodrigues, casada com o médico em Ribeirão Preto, São Paulo, revelou por meio de uma carta escrita dentro do presídio que os supostos comprimidos com chumbinho dados à Larissa teriam sidos contaminados por sua filha, Nathália Garnica, que também morreu recentemente.

Agora o caso, que antes era tratado como morte natural, será investigado pela polícia de Ponta, também em SP, onde a filha da mulher morreu. Na carta, Elizabete acusa a filha de comprar chumbinho para matar ratos. Ela era chefe da vigilância sanitária e, em uma visita à casa da mãe, ela teria dito que iria colocar o veneno em pedaços de queijo e deixar no local. Ainda segundo Elizabete, ela teria dito à filha para jogar o veneno fora.

As mortes das cunhadas aconteceram em um intervalo de um mês. Nathalia morreu no dia 9 de fevereiro e laudos toxicológicos apontaram a presença de chumbinho no corpo da vítima. Sua mãe, Elizabete, esteve com a filha um dia antes.

Já Larissa era professora de pilates e foi envenenada entre 10 e 15 dias, em doses menores. Segundo a polícia, a vítima pretendia se separar do médico após descobrir uma traição. Ela morreu em 21 de março.

“A conclusão a que cheguei nesses dias, orando muito a Deus e suplicando uma luz divina, a Nathália havia colocado o veneno nas cápsulas de omeprazol. Não existe outra explicação. Infelizmente, perdi duas filhas”, escreveu Arrabaça na carta, segundo o Globo.

A sogra de Larissa, Elizabete Arrabaça, teria preparado uma sopa envenenada para a nora. Além disso, ela foi medicada pelo marido em pelo menos duas ocasiões com substâncias providenciadas pela mãe do médico.

Conforme a denúncia, o envenenamento foi progressivo e Larissa foi morta aos poucos, com doses diárias. Segundo a polícia, a ideia da mãe e do filho era que Larissa tivesse a impressão de que estava sofrendo uma complicação decorrente de intoxicação crônica.

Médico planejou o crime e sua mãe o executou

Conforme a promotoria, o médico Luiz Antonio teria arquitetado o crime e sua mãe, Elizabete, seria responsável por executá-la. A ideia de ambos era oferecer a Larissa alimentos contaminados com substâncias tóxicas, entre uma delas o chumbinho.

Ainda segundo o promotor do caso, ambos expressaram frieza, sendo cruel. O médico ainda é responsável por tentar alterar a cena do crime e eliminar provas, incluindo tentando limpar o local onde Larissa foi morta. Depois do crime, Luiz teria realizado diversas transações e

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.