O ano de 2025 ficará marcado como o período em que o mundo pôs a prova seus limites diplomáticos e institucionais. Da posse de Donald Trump nos Estados Unidos, que redesenhou as rotas do comércio global com tarifas agressivas, à fumaça branca no Vaticano que anunciou o Papa Leão XIV, os últimos doze meses foram um exercício constante de adaptação.
No Brasil, destaque para o papel dos tribunais, em um ano de decisões judiciais históricas que alcançaram o topo da pirâmide política. A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro manteve em alta a polarização a qual o país atravessa nos últimos anos.
Por fim, entre a glória de um Oscar inédito e o luto por figuras que marcaram gerações, convidamos você a revisitar os fatos que moldaram este ano.
Janeiro: o impacto do novo poder
09/01: Um acidente aéreo chocou Ubatuba quando um monomotor explodiu na Praia do Cruzeiro, resultando na morte de cinco pessoas.
12/01: O clima castigou o Sudeste: fortes chuvas em Minas Gerais deixaram 11 mortos, enquanto o Rio de Janeiro enfrentava um grande incêndio no Mercado da Uruguaiana.
16/01: O cinema perdeu um mestre. David Lynch, o gênio por trás de Twin Peaks, faleceu em Los Angeles aos 78 anos.
19/01: O jornalismo brasileiro se despediu de Léo Batista. A voz icônica do esporte na TV Globo silenciou aos 92 anos.
20/01: Donald Trump tomou posse como o 47º presidente dos EUA, prometendo tarifas agressivas e um controle rígido de fronteiras.
29/01: Uma colisão aérea fatal sobre o Rio Potomac, nos EUA, entre um jato comercial e um helicóptero militar, matou 67 pessoas. Enquanto os EUA redesenhavam suas fronteiras, o Brasil via a dança das cadeiras mudar o ritmo do poder em Brasília.
Fevereiro: alinhamento e tensão
01/02: O Congresso Nacional definiu seu novo comando com as eleições de Davi Alcolumbre para o Senado e Hugo Motta para a Câmara.
02/02: Minas Gerais perdeu o ex-governador Newton Cardoso, figura central da política mineira, que faleceu aos 86 anos.
03/02: A economia sentiu o primeiro golpe externo com o anúncio de Trump de um ‘tarifaço’ de 10% sobre produtos brasileiros.
07/02: Mais uma tragédia aérea: a queda de um Beechcraft na Barra Funda, em São Paulo, deixou dois mortos e feriu pedestres.
15/02: O mundo voltou os olhos para o Vaticano com a internação do Papa Francisco por insuficiência respiratória.
17/02: Hollywood deu adeus a Gene Hackman. O legendário ator e vencedor de dois Oscars faleceu aos 95 anos.
24/02: A Guerra na Ucrânia completou três anos sob intensos ataques a Kiev e tentativas incertas de mediação americana. Fevereiro terminou sob a sombra da guerra, mas março chegou para provar que a arte ainda é o melhor refúgio para o Brasil.
Março: glória, justiça e fúria econômica
02/03: O cinema nacional fez história: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional.
04/03: A guerra comercial de Trump escalou com tarifas pesadas contra a China, o México e o Canadá, abalando mercados mundiais.
12/03: O setor industrial brasileiro sofreu nova retaliação com a entrada em vigor de taxas americanas sobre aço e alumínio.
21/03: O esporte perdeu George Foreman. O eterno campeão mundial dos pesos-pesados faleceu nos Estados Unidos aos 76 anos.
24/03: No STF, o ministro Alexandre de Moraes revelou o relatório final sobre a trama golpista de 2022.
25/03: Jair Bolsonaro tornou-se réu no STF por tentativa de golpe de Estado, em decisão unânime da 1ª Turma.
26/03: Belo Horizonte se despediu do prefeito Fuad Noman, que faleceu aos 77 anos após lutar contra um linfoma.
26/03: Trump elevou o tom contra a indústria automotiva, anunciando tarifas de 25% para veículos a partir de abril.
28/03: Um terremoto devastador em Mianmar deixou um rastro de destruição e mais de 3 mil vítimas fatais. Se março foi o mês da justiça nos tribunais, abril foi o mês em que o mundo se despediu de uma das figuras mais amadas do século.
Abril: o silêncio no Vaticano
01/04: O astro de Top Gun, Val Kilmer, faleceu em Los Angeles aos 65 anos, após uma longa batalha de saúde.
02/04: A instabilidade financeira global aumentou com a formalização das ‘Tarifas Recíprocas’ impostas pela Casa Branca.
04/04: O rapper Sean ‘Diddy’ Combs enfrentou novas e graves acusações de extorsão e tráfico sexual nos EUA.
14/04: A Hungria aprovou leis restritivas contra a comunidade LGBTQ+, gerando uma crise diplomática severa com a União Europeia.
21/04: O mundo entrou em luto com a morte do Papa Francisco aos 88 anos, encerrando um pontificado de justiça social.
23/04: Na fronteira espacial, a Blue Origin lançou a primeira missão tripulada exclusivamente por mulheres.
24/04: A teledramaturgia brasileira perdeu a atriz Lúcia Alves, que faleceu aos 76 anos vítima de câncer.
25/04: O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso em Alagoas após condenação definitiva por corrupção e lavagem de dinheiro.
26/04: O funeral do Papa Francisco reuniu a maior concentração de líderes mundiais do ano na Praça de São Pedro. O silêncio do luto deu lugar ao som da tradição. Em maio, a fumaça branca trouxe um novo líder para a Igreja.
Maio: habemus papam e alertas climáticos
07/05: Cardeais do mundo todo se isolaram na Capela Sistina para o início do Conclave que definiria o novo sucessor de Pedro.
08/05: Habemus Papam! O cardeal Robert Francis Prevost foi eleito e assumiu como Papa Leão XIV, o primeiro americano no cargo.
13/05: O Brasil perdeu o líder espírita Divaldo Franco e o mundo se despediu do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica.
15/05: A deputada Carla Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por invasão de sistemas do Judiciário.
16/05: O agronegócio entrou em alerta com o primeiro foco de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul.
23/05: O mundo da fotografia ficou menos nítido com a morte de Sebastião Salgado, o mestre das imagens em preto e branco.
24/05: Um tornado sem precedentes devastou cidades no Sul do Brasil, deixando centenas de feridos e rastro de destruição.
25/05: Manifestações marcaram os 5 anos da morte de George Floyd nos EUA, sob críticas às novas políticas de Trump.
27/05: Faleceu Ed Gale, o ator que deu vida ao boneco Chucky, marcando gerações de fãs do cinema de terror.
28/05: O dólar disparou no Brasil após Trump ameaçar tarifas de 10% contra todos os países membros do BRICS. Maio terminou sob turbulência, mas junho levou essa tensão para as fronteiras de guerra e para o coração das favelas.
Junho: conflitos e fugas
03/06: Após condenação, Carla Zambelli deixou o Brasil; no mesmo dia, o juiz Marcelo Bretas foi aposentado compulsoriamente.
08/06: Em operação transnacional, a PF prendeu na Bolívia o criminoso ‘Tuta’, novo líder máximo do PCC.
11/06: Protestos contra as políticas migratórias de Trump terminaram em tragédia com atropelamento de manifestantes no Texas.
12/06: Na Índia, a queda de um Boeing 787 da Air India matou 260 pessoas, sendo o primeiro acidente fatal do modelo.
15/06: O país se emocionou com a história da menina de 6 anos que salvou a mãe de agressão ligando para a polícia.
17/06: Teve início a ‘Guerra de 12 dias’, com ataques coordenados de Israel e EUA contra instalações nucleares iranianas.
19/06: A teledramaturgia perdeu o galã Francisco Cuoco, enquanto milhões ocupavam São Paulo na Marcha para Jesus.
21/06: Uma tragédia turística em Santa Catarina: um balão pegou fogo e caiu na Praia Grande, deixando oito mortos.
29/06: Após intensa pressão internacional, um cessar-fogo frágil encerrou as hostilidades no Oriente Médio. A guerra deu lugar a um inverno de luto na cultura pop, mas também a uma vitória histórica contra a desigualdade.
Julho: fome, luto e sanções
02/07: Sean ‘Diddy’ Combs foi sentenciado inicialmente a 50 meses de prisão nos EUA por crimes de facilitação à prostituição.
03/07: O futebol e o cinema de luto: morreram o atacante português Diogo Jota e o ator de Tarantino, Michael Madsen.
10/07: Trump subiu o tom contra o Brasil em carta ameaçadora, exigindo o fim dos processos contra Bolsonaro no STF.
20/07: O Brasil parou para se despedir de Preta Gil. A cantora faleceu após uma batalha corajosa contra o câncer.
20/07: Morreu José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que estava internado em São Paulo aos 93 anos.
21/07: O Vaticano concluiu os ritos de sucessão, consolidando o início oficial do governo do Papa Leão XIV.
22/07: O rock perdeu o seu ‘Príncipe das Trevas’. Ozzy Osbourne faleceu aos 76 anos, deixando um legado eterno.
24/07: Mais uma perda no entretenimento mundial: Hulk Hogan, o maior ícone do wrestling, faleceu na Flórida.
28/07: Uma vitória histórica: a ONU retirou oficialmente o Brasil do Mapa da Fome após redução drástica da subnutrição.
30/07: Os EUA aplicaram a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, isolando financeiramente o ministro brasileiro. Julho celebrou o fim da fome, mas agosto chegou com o som metálico das grades e o fim de grandes cronistas.
Agosto: o cerco se fecha
01/08: Entrou em vigor o decreto americano que impôs 50% de tarifa sobre o aço brasileiro, abalando a indústria.
04/08: O STF decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro por descumprimento sistemático de medidas cautelares.
08/08: O samba ficou mais triste. Arlindo Cruz faleceu aos 66 anos devido a complicações de saúde.
08/08: Um grave acidente na BR-163 deixou 11 mortos; no mesmo dia, Miriam Leitão assumiu sua cadeira na ABL.
15/08: O influenciador Hytalo Santos foi preso preventivamente sob graves acusações de exploração infantil digital.
16/08: No esporte, o goleiro Fábio alcançou 1.390 jogos oficiais, batendo o recorde mundial de partidas disputadas.
29/08: A PF deflagrou a Operação Compliance Zero contra a lavagem de dinheiro do PCC no coração financeiro do país.
30/08: A literatura brasileira perdeu a genialidade de Luis Fernando Verissimo, que faleceu em Porto Alegre aos 88 anos. Das páginas dos livros para o altar. Setembro buscou na eternidade um novo símbolo de esperança para a era digital.
Setembro: santos e desastres
03/09: O Banco Central barrou a compra do Banco Master pelo BRB, citando graves inconsistências financeiras.
04/09: A moda mundial perdeu Giorgio Armani. O estilista italiano faleceu aos 91 anos, encerrando uma era de elegância.
13/09: O mestre Hermeto Pascoal, bruxo da música universal, faleceu no Rio de Janeiro aos 89 anos.
16/09: Hollywood deu adeus a Robert Redford. O ator e fundador do Festival de Sundance faleceu aos 89 anos.
21/09: Carlo Acutis, o ‘Influencer de Deus’, foi canonizado no Vaticano, tornando-se o primeiro santo millennial.
26/09: Uma crise de saúde pública estourou com a revelação de mortes por intoxicação de metanol em bebidas alcoólicas.
28/09: A ‘Dama do Humor’ Berta Loran faleceu aos 99 anos, deixando quase um século de risos para os brasileiros.
29/09: O rádio esportivo perdeu a voz inconfundível de Paulo Soares, o ‘Amigão’ da ESPN, que faleceu em São Paulo.
29/09: Um novo tornado atingiu o Paraná, destruindo grande parte da cidade de Rio Bonito do Iguaçu. Se setembro nos deu um santo, outubro nos tirou uma companhia diária. A voz que narrou o país se preparou para o ‘boa noite’ final.
Outubro: o fim de uma era no JN
03/10: A justiça americana proferiu a sentença final de Diddy Combs: 4 anos e 2 meses de prisão em regime fechado.
10/10: A líder opositora venezuelana Maria Corina Machado foi agraciada com o Prêmio da Paz por sua luta política.
11/10: Morreu Diane Keaton, aos 79 anos. A eterna estrela de Annie Hall e O Poderoso Chefão deixou os palcos.
13/10: Em encontro histórico no Vaticano, o presidente Lula e o Papa Leão XIV discutiram o combate à fome.
14/10: O furacão Milton II devastou a Flórida e paralisou o tráfego aéreo entre o Brasil e os Estados Unidos.
28/10: A operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro deixou 120 mortos nos Complexos da Penha e Alemão.
31/10: William Bonner apresentou seu último Jornal Nacional. Após 29 anos, o âncora passou o bastão para César Tralli. O jornalismo mudou de rosto, mas a notícia não parou. Novembro transformou o Norte do Brasil no centro das atenções mundiais.
Novembro: COP30 e grades criminais
02/11: O ícone do Clube da Esquina, Lô Borges, faleceu em Belo Horizonte aos 73 anos por falência de órgãos.
10/11: O Tribunal de Justiça decretou a falência da operadora Oi, em um dos maiores colapsos corporativos do país.
10 a 21/11: Belém sediou a COP30, marcada por debates urgentes sobre a Amazônia e incidentes nas estruturas do evento.
17/11: O banqueiro Daniel Vorcaro foi preso pela PF em Guarulhos enquanto tentava fugir para Dubai.
18/11: O Banco Central decretou a liquidação do Banco Master, gerando um rombo bilionário ao Fundo Garantidor de Créditos.
22/11: O fato político do ano: Jair Bolsonaro foi preso preventivamente após violar restrições judiciais.
23/11: Morreu o ator alemão Udo Kier, aos 81 anos, marcando gerações com sua presença única no cinema.
24/11: A lenda do reggae Jimmy Cliff faleceu aos 81 anos, em decorrência de complicações pulmonares.
28/11: Após 11 dias detido, Daniel Vorcaro obteve liberdade vigiada com uso de tornozeleira eletrônica.
29/11: No futebol, o Flamengo venceu o Palmeiras em Lima e sagrou-se Tetracampeão da Libertadores da América. Do campo de jogo para a oração final. Dezembro encerrou o ano tentando colocar as peças no lugar.
Dezembro: escândalos e paz
11/12: Um novo escândalo abalou o Judiciário com a revelação de contratos milionários entre o Banco Master e a esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes.
12/12: Em um movimento diplomático inesperado, os EUA revogaram as sanções impostas contra o ministro Alexandre de Moraes.
24/12: O Papa Leão XIV presidiu sua primeira Missa do Galo, lançando um apelo contundente pela paz na Ucrânia e em Gaza.
28/12: O ano terminou com a despedida da musa Brigitte Bardot, que faleceu aos 91 anos, na França.
2025 termina deixando memórias, saudades e tensões políticas. Entre perdas e conquistas o ano termina de forma que marcará a vida das pessoas.