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A informação foi confirmada pela Polícia Civil, que encontrou a mochila do adolescente com os celulares dos pais mortos. Segundo a investigação, ele já procurava por emprego no mesmo local onde a namorada trabalhava, em Água Boa (MT).
Segundo a polícia, o menino confessou, com frieza, que atirou na cabeça dos pais e no pescoço do irmão, após os responsáveis não deixarem ele se encontrar com a jovem no Mato Grosso. De acordo com os policiais, o crime ocorreu no último sábado (21). Ainda segundo as investigações, os adolescentes se conheceram durante um jogo online.
A arma usada no crime estava debaixo da cama e era registrada no nome do pai, que tinha autorização como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). O jovem jogou os corpos dentro da cisterna da casa para ocultar os cadáveres. Os pais do jovem tinham 45 e 37 anos.
Pai ensinava o filho a atirar com arma
Segundo o delegado Carlos Augusto Aguiar, responsável pelo caso, o pai do adolescente praticava artes marciais e também ensinou o filho a lutar e a atirar. Esses fatores estão sendo analisados pela polícia.
Há também a hipótese de distúrbios emocionais ou abandono afetivo, que não estão descartadas.
“Quanto à relação familiar, já sabemos que o pai era CAC, que ensinava o filho a manusear e atirar com armas de fogo. Também praticava jiu-jitsu e judô, era faixa preta, e o menino já vinha treinando também. Estamos investigando esses caminhos — não que isso, necessariamente, tenha influenciado”, disse ele.
Adolescente pesquisou como sacar FGTS de uma pessoa morta
Conforme a 143ª DP que investiga o caso, a suspeita de que
“Tudo isso cria esse enredo cabuloso, horrendo, que tirou a vida da própria família, sem qualquer motivação concreta, e também a própria vida dele. Inclusive, indaguei sobre o irmão, uma criança pura, que nada tinha a ver com o relacionamento, e ele respondeu que o matou para que não sofresse com a perda dos pais”, afirmou o delegado à CNN.
Adolescente disse que pais teriam desaparecido
O caso veio à tona após a avó do adolescente ir com ele à delegacia para registrar o desaparecimento dos familiares, após não conseguir contatá-los. A polícia disse que o irmão teria engasgado com um caco de vidro e que os pais precisaram sair de casa às pressas para um hospital.
Na manhã dessa quarta, a perícia foi realizada na casa e os agentes identificaram manchas de sangue no colchão e nas vestes do casal, e pontos queimados.