Uma mulher identificada como Celia Soares, de 46 anos, foi presa em flagrante na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, após se passar por desembargadora, juíza e ainda apresentar uma carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) falsificada à Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo a PRF, Celia foi descoberta na quarta-feira (20) enquanto viajava em um carro de aplicativo acompanhada da filha. Na ocasião, ela se apresentou ao motorista como desembargadora e, em seguida, como juíza, promotora e advogada, o que o fez desconfiar.
Os vários títulos, falas contraditórias e o excesso de bagagens da mulher fizeram com que o motorista suspeitasse das intenções dela. Por isso, com medo de sofrer um possível golpe, ele parou o veículo em um posto policial na BR-302, na saída para Fortaleza, onde pediu ajuda.
No local, Celia contou aos policias que estava na cidade de Mossoró pois começaria a trabalhar na Prefeitura. Ela ainda apresentou um suposto certificado de posse para o cargo de desembargadora e uma carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que estava sem chip.
No documento profissional, os nomes dos pais eram diferentes dos que constavam na identidade da mulher e o número de inscrição pertencia a outro advogado, registrado no estado do Paraná. Ela e a filha prestaram depoimento.
Prisão e soltura
Após a verificação, foi dada voz de prisão por
Na quinta-feira (21), Celia passou por audiência de custódia e foi solta após pagar fiança no valor de dois salários-mínimos, segundo o g1. A Justiça concedeu a ela liberdade provisória, com a aplicação de medidas cautelares, e ela responderá ao processo em liberdade.
De acordo com o site, o Tribunal de Justiça do RN informou ainda que a mulher não pode mudar de residência, sem permissão prévia, ou se ausentar por mais de oito dias da residência dela, em São Paulo, “sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrada”.
Celia também deve comparecer perante as autoridades todas as vezes que for intimada para atos do inquérito e da instrução criminal e também para o julgamento. O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil, que apura a origem dos documentos e os motivos que levaram a passageira a se passar por diferentes autoridades.