Uma freira brasileira está sendo acusada por difamação e calúnia após ter sido afastada de mosteiros. A irmã Aline disse que entrou na Justiça e revelou que está sendo acusada de maus-tratos e desvio de recursos, por meio de uma carta anônima.
O caso foi revelado pelo Fantástico nesse domingo (29). Segundo a irmã Aline, por ser jovem e bonita, ela nunca foi bem recebida pelo abade-geral Mauro Giuseppe Lepori.
“Desde sempre, a questão de ser jovem, de ser bonita, tudo isso já pesava. E só foi somando. Eles diziam: ‘A tua beleza não ajuda, não é boa...’. Era um contexto mais para ridicularizar”, afirmou ela.
Carta foi enviada ao Papa Francisco
O caso veio à tona após uma carta ser enviada diretamente ao papa Francisco. No documento, irmã Aline era acusada de manipular e maltratar outras religiosas. Depois disso, diversas investigações foram feitas ao mosteiro de Vittorio Veneto, local onde a irmã vivia, com outras 18 monjas.
“Para mim, Madre Aline é uma mãe da igreja, é equilibrada, não é manipuladora”, contesta a irmã Agnes.
A irmã Aline também foi acusada de não ser transparente com as finanças do convento e diz que sabe quem é a freira responsável pela acusação.
Ela diz ter prints e vídeos que provariam que a mesma freira acessava site de pornografia no computador coletivo. “O perito deu os parabéns pela transparência das contas dos nossos mosteiros”, afirma a irmã ao se lembrar de uma perícia feita no local. Segundo irmã Aline, ela também já foi assediada pelo abade geral, mas preferiu não comentar o caso.
Oito dias após a morte de Papa Francisco, irmã Aline deixou o mosteiro
Ainda de acordo com a reportagem, oito dias após a morte do Papa Francisco, em abril, irmã Aline deixou o mosteiro. Um dia após, cinco freiras fugiram para acompanhá-la.
Agora, a religiosa e outras freiras questionam o Tribunal Eclesiástico, na Justiça Vaticana, pela legitimidade das decisões.
“Lutar pela verdade é algo cristão. Pretendo ir adiante até provar que essas acusações não são verdadeiras”, declarou.