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Chuvas no Rio Grande do Sul já deixaram dois mortos e um desaparecido; governador compara cenários

Boletim atualizado pela Defesa Civil do estado contabiliza quase duas mil pessoas desalojadas; Eduardo Leite diz que nível de chuvas do ano passado foi superior

Em Candelária, no Rio Grande do Sul, um carro foi arrastado pela correnteza

As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul há cerca de uma semana já deixaram pelo menos duas pessoas mortas e uma desaparecida, segundo o boletim da Defesa Civil estadual.

Até esta quinta-feira (19), ao menos 984 pessoas estão em abrigos, 1.993 estão desalojadas. Mais de 50 municípios já reportaram ocorrências.

Pelas redes sociais, o governador Eduardo Leite destacou que, embora a situação exija atenção, o cenário atual é diferente da tragédia vivida em 2024, quando as enchentes causaram devastação histórica no estado.

“Nós devemos ter acumulados de 450 milímetros em várias localidades do estado. No ano passado, nas enchentes de maio, a gente teve mais de mil milímetros, meio que generalizado, do centro do estado para a região norte, nas cabeceiras dos rios, gerando aquele nível de situação extrema que nós tivemos no ano passado. Então é importante fazer essa comparação porque eu sei que neste momento muitas pessoas ficam preocupadas, assustadas”, disse.

Leite ainda afirmou que, apesar do cenário diferente, há municípios em situações críticas. “Têm muitas situações pontuais, críticas, que a gente está já enfrentando no estado neste momento, mas até aqui as informações não dão conta de qualquer coisa parecida com o que o estado vivenciou no ano passado”, afirmou.

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Municípios atingidos

Entre os municípios com maior número de afetados estão Alegrete, com 90 desabrigados e 164 desalojados após a elevação do Rio Ibirapuitã; Jaguari, onde 120 pessoas estão desabrigadas e cerca de 900 desalojadas por causa da cheia do Rio Jaguari; e Cruzeiro do Sul, que contabiliza 62 pessoas em abrigos.

Em Candelária, uma mulher de 54 anos morreu após ser arrastada pela água ao tentar atravessar uma área alagada em um veículo com um homem de 65 anos, que continua desaparecido.

Na cidade de Nova Petrópolis, um jovem de 22 anos também morreu após ser retirado de um carro submerso por bombeiros voluntários.

Além disso, foram relatados deslizamentos de terra, como em Flores da Cunha, onde uma residência foi interditada após a encosta ao lado desmoronar, e Marques de Souza, onde a comunidade de Nova Esperança precisou ser evacuada.

Barra do Ribeiro, Cachoeira do Sul, Eldorado do Sul, Dona Francisca e Lajeado também reportaram grande número de residências atingidas, alagamentos urbanos e prejuízos à mobilidade.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.