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Cavalo mutilado em Bananal estava vivo durante agressão, conclui Polícia Civil

Delegado afirma que animal apresentava hematomas; jovem de 21 anos é investigado pelo crime em São Paulo

Cavalo foi morto em Bananal, no interior de São Paulo.

A Polícia Civil concluiu que o cavalo que teve as quatro patas mutiladas em Bananal, no interior de São Paulo, ainda estava vivo quando o suspeito cometeu o crime. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27) pelo delegado responsável pelo caso, Rubens Luiz Fonseca Melo.

Segundo ele, “infelizmente, aconteceu em vida, pois o animal apresentava hematomas compatíveis com essa condição”. O homem de 21 anos investigado foi ouvido e liberado na última segunda-feira (18). Além dele, uma testemunha também prestou depoimento.

O caso ocorreu no sábado (16) e ganhou repercussão pela crueldade do ato. O cavalo morreu após as agressões.

Durante o vídeo, o delegado detalhou o laudo pericial, feito com a ajuda da médica veterinária Luana Gesualdi. Segundo ela, o documento já foi encaminhado ao Judiciário.

“O laudo foi enviado e reúne todas as informações sobre como o animal foi encontrado e os exames realizados. Está tudo registrado sobre o que aconteceu e como aconteceu”, afirmou.

A veterinária explicou que o cavalo estava vivo no momento das agressões. “O animal apresentava hematomas compatíveis com a vida. Quando já está sem vida, não é possível causar hematomas, apenas quando ainda há sinais vitais”, disse.

Ela acrescentou que, em situações de exaustão ou fadiga grave, a pressão do animal cai, ele pode ficar desfalecido e a pulsação fica mais baixa. “Por isso não saiu tanto sangue no momento em que foi morto”, completou.

Confissão e versão do suspeito

Em entrevista à Rede Vanguarda, afiliada da Globo, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz afirmou estar embriagado e arrependido:

“Não foi uma decisão cortar as patas do cavalo. Foi um ato de transtorno. Eu estava embriagado, peguei e cortei por cortar. Foi um ato cruel. Estava com álcool no corpo.”

O jovem também destacou que não cortou as patas enquanto o cavalo estava vivo e reconheceu a gravidade do ato: “Não é culpa da bebida. É culpa minha. Reconheço meus erros. Estão me acusando de algo que não fiz. Muitas pessoas me julgam e dizem que sou um monstro. Eu não sou um monstro.”

Andrey afirmou também que nasceu e foi criado lidando com cavalos.

Artistas e ativistas se mobilizam contra o crime

A cantora Ana Castela comentou o caso nas redes sociais e criticou o suspeito, identificado como dono do animal. Conhecida como “boiadeira”, ela cobrou posicionamento de páginas de notícias e afirmou: “Que esse covarde receba o que merece”.

A ativista Luisa Mell também se manifestou. Nas redes sociais, chamou os envolvidos de “monstros” e disse estar em contato com uma vereadora de Bananal para acompanhar o caso.

“Monstros! Como pode, gente? Exigimos punição! Esses covardes têm que pagar! Cortaram as patas de um cavalo simplesmente porque ele não aguentava mais andar. Já estamos em contato com uma vereadora. Vamos pressionar! Não se calem!”, escreveu.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.