Ouvindo...

Call center que vendia orações e prometia curas por até R$ 1,5 mil é alvo da polícia no RJ

Grupo prometia milagres em troca de dinheiro e movimentou mais de R$ 3 milhões

Call center que vendia orações e prometia curas por até R$ 1,5 mil é alvo da polícia no RJ

Uma quadrilha é alvo de uma operação no Rio de Janeiro, acusada de aplicar golpes em fiéis usando o nome de um pastor. O grupo cobrava valores para oferecer orações, com a promessa de curas e milagres. Segundo as investigações, os criminosos montaram uma estrutura de telemarketing religioso no Centro de Niterói, na Região Metropolitana. De lá, dezenas de atendentes se passavam pelo líder de uma igreja em São Gonçalo.

A operação foi batizada como “Blasfêmia” e é realizada em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro. Segundo a PC, os contatos eram feitos pelo WhatsApp e para dar credibilidade, os golpistas usavam áudios gravados com mensagens do suposto pastor. As “orações” eram vendidas por valores que variavam de R$ 20 a R$ 1,5 mil, pagos por Pix.

De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público, que atuam juntos no caso, os atendentes eram contratados por meio de anúncios em sites de vendas. Eles não tinham ligação religiosa com a instituição e trabalhavam sob metas de arrecadação. Quem não atingia o valor mínimo era dispensado.

As investigações começaram em fevereiro, quando agentes da 76ª DP (Niterói) descobriram o call center. Na ocasião, 42 pessoas foram flagradas em atendimento virtual. A polícia apreendeu 52 celulares, seis notebooks e 149 chips de telefonia.

O material confirmou a atuação da quadrilha e revelou milhares de vítimas em todo o país. Uma apuração financeira mostrou movimentação de mais de R$ 3 milhões em dois anos.

A Justiça determinou o sequestro de bens e o bloqueio de contas ligadas ao grupo. Nesta primeira fase, o pastor e outros 22 integrantes foram denunciados. Ele também terá que usar tornozeleira eletrônica.

As investigações continuam para identificar mais vítimas e possíveis participantes da organização criminosa.

Leia também

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.