Vazamento do Enem: PF cumpre mandado de busca e apreensão no Ceará

Polícia Federal investiga suposto vazamento de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2025)

Mandado de busca e apreensão foi expedido pela Justiça Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou neste domingo (23) a Operação Profeta, com o objetivo de investigar a possível fraude e vazamento do Exame Nacional do Ensino Médio de 2025 (Enem). Segundo a corporação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão no Ceará, expedido pela Justiça Federal.

A investigação ocorreu após o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, identificar um vídeo nas redes sociais contendo questões praticamente idênticas às aplicadas na prova oficial. O conteúdo foi divulgado antes da data de aplicação do certame.

O conteúdo foi divulgado em uma live dias antes, com questões das provas de Ciência da Natureza e Matemática. Após denúncias, o Inep decidiu anular três perguntas e iniciar uma investigação sobre o suposto vazamento. Porém, milhares de estudantes pedem o cancelamento do certame como um todo.

A anulação do Enem 2025 já foi descartada pelo Ministro da Educação, Camilo Santana (PT). Na última sexta-feira, o petista disse que a Polícia Federal trabalha no caso e que todas as providências foram tomadas com o “rigor da Lei”. “Eu quero tranquilizar e dizer que o Enem continua”, disse.

Segundo a PF, a operação visa esclarecer os fatos do vazamento e apurar possíveis ilegalidades, além de identificar os responsáveis pela obtenção e divulgação indevida das questões. “A Polícia Federal reafirma seu compromisso com a integridade dos concursos públicos e com o combate a fraudes que comprometam a confiança da sociedade nos processos seletivos nacionais”, afirma.

Questões anuladas

O desempenho final dos inscritos no Enem 2025 não será prejudicado com a anulação das três questões pelo Inep, uma vez que o método de Teoria de Resposta ao Item (TRI) não leva em conta quantas questões o aluno acerta, mas avalia três parâmetros:

  • parâmetro de discriminação - poder diferenciar quem nomina ou não o assunto;
  • parâmetro de dificuldade - quão difícil é a questão;
  • parâmetro de acerto casual - probabilidade de acerto no “chute”.

Esses três fatores avaliam quanto “vale” cada questão da prova. Por isso, duas pessoas que têm o mesmo número de acertos podem ter notas diferentes.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.
Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas
Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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