A inadimplência em condomínios residenciais no Brasil atingiu níveis alarmantes no início de 2025, de acordo com um levantamento recente realizado por uma plataforma de tecnologias para gestão condominial. Os dados revelam que a taxa de inadimplência alcançou a marca de 17% no primeiro trimestre do ano, representando um aumento significativo de quase 20% em comparação com o período anterior.
O estudo aponta que esse crescimento coincide com um cenário econômico desafiador, caracterizado por uma inflação persistente e reajustes nas taxas condominiais. As mensalidades médias dos condomínios passaram de R$ 493,81 em 2024 para R$ 507,51 em 2025, refletindo o aumento generalizado de preços em diversos setores da economia.
Impacto da inflação nos custos condominiais
Marcos Nobre, CEO da plataforma eCondom, responsável pelo levantamento, explica o fenômeno: ''Esse aumento é muito oriundo e devido ao alto da inflação que estamos tendo. Como estamos enxergando produtos mais caros, prestações e serviços com preços elevados, isso acaba refletindo no condomínio. O condomínio é o final dessa cadeia, a taxa condominial é o reflexo final disso tudo’’.
Para ilustrar o impacto da inflação nos custos condominiais, Nobre oferece um exemplo concreto: ''Antes, para fazer uma manutenção em dez extintores do prédio, custava mil reais. Com esse aumento em vários setores, tanto de produtos como de serviços, esse custo certamente aumentou significativamente’’.