Ku Klux Klan? MP investiga vídeo em Batalhão da PM em SP com cruz incendiada

As imagens foram publicadas no perfil oficial no Instagram do 9° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto (SP), mas apagadas horas depois

Imagens mostram uma cruz pegando fogo, que remete a um tradicional ritual da Ku Klux Klan, grupo supremacista conhecido pela perseguição a negros nos EUA

O Ministério Público vai investigar o teor de um vídeo publicado no perfil oficial no Instagram do 9° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto e região, no interior de São Paulo. As imagens mostram uma cruz pegando fogo, que remete a um tradicional ritual da Ku Klux Klan, organização supremacista de extrema direita conhecida pela perseguição a negros nos Estados Unidos.

O vídeo, de poucos segundos, foi divulgado nesta terça-feira (15), mas apagado horas depois. Nele havia imagens aéreas, em um ambiente noturno, com uma trilha sonora. Nas imagens uma cruz aparece pegando fogo e uma trilha com o caminho marcado pelas chamas.

Pelas imagens há cerca de 15 PMs diante da cruz fazendo uma saudação nazista. No fundo, aparece a palavra “Baep” também pegando fogo, além de bandeiras da corporação ao lado e viaturas da PM ligadas.

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Em nota enviada à Itatiaia, a Polícia Militar informou que “é uma instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância”, e que “assim que tomou conhecimento das imagens, instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias relativas ao caso”.

A nota diz ainda que a “corporação não compactua com desvios de conduta e reforça que qualquer manifestação que contrarie seus valores e princípios será rigorosamente apurada e os envolvidos responsabilizados”.

Já o Ministério Público informou que “o caso foi protocolado na Secretaria Executiva da Promotoria de Justiça Criminal de São José do Rio Preto e o expediente foi encaminhado a um promotor de Justiça para conhecimento”.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.

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