Polícia apura se carro de atropelamento em São Caetano tinha modificações

A Polícia Civil de São Paulo investiga se o veículo envolvido no atropelamento que matou duas jovens de 18 anos, na última quarta-feira (09) na Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, havia passado por modificações. O carro, dirigido por Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, está sob perícia solicitada ao Instituto de Criminalística (IC), segundo informou neste sábado (12) a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

“Os laudos estão em elaboração para auxiliar no esclarecimento da dinâmica dos fatos, além de constatar eventuais modificações no automóvel”, destacou a SSP. A defesa do motorista, procurada, não comentou o tema até o momento.

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O impacto da colisão foi tão violento que os corpos das vítimas, Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, ambas com 18 anos, foram lançados a cerca de 50 metros do ponto do atropelamento.

Imagens de câmeras de segurança analisadas pela polícia apontam que o veículo trafegava em alta velocidade no momento do acidente. Além disso, uma testemunha relatou à polícia que o condutor parecia estar participando de um possível “racha” com outro carro.

Sampaio, que teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia na quinta-feira, 10, foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Bernardo do Campo. Ele foi indiciado por homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar. A defesa informou que irá protocolar um pedido para revogar a prisão preventiva.

Em entrevista à Record TV, a delegada responsável pelo caso, Kelly Sachetto, informou que o motorista acumulava doze infrações de trânsito, sendo sete delas por excesso de velocidade.

‘Profundo abalo emocional’

No dia da tragédia, Sampaio passou pelo teste do bafômetro, que deu resultado negativo para consumo de álcool.

Por meio de nota divulgada nas redes sociais na sexta-feira, 11, a defesa do motorista declarou que ele está “ em estado de profundo abalo emocional e choque, sem condições psicológicas”. Ainda segundo os advogados, o réu não consegue recordar os detalhes do momento do impacto, tampouco a velocidade em que trafegava.

* Com informações da Agência Estado