A Polícia Civil de São Paulo, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), cumpre, nesta quinta-feira (13), um mandado de prisão e 21 de busca e apreensão contra o suspeito de ser o mandante do assassinato do delator do PCC Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos no fim do ano passado. Ao total, 116 policiais em 41 viaturas estão em 20 endereços.
Gritzbach era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para o PCC, inclusive, na delação premiada assinada com o Ministério Público, ele entregou o nome de pessoas ligadas à facção e acusou policiais de corrupção.
Leia também:
No total, 26 pessoas estão presas atualmente nos desdobramentos do caso Gritzbach, sendo 22 policiais, entre civis e militares. Entre elas, três suspeitos de terem participado diretamente da execução do empresário, de acordo com a Força-Tarefa criada para solucionar o crime.
A investigação começou após uma denúncia anônima recebida em março do ano passado sobre vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC. O objetivo era evitar prisões e prejuízos financeiros da facção.
Segundo a Corregedoria da Polícia Militar, informações estratégicas eram vazadas e vendidas por policiais militares da ativa e da reserva. Um dos beneficiados era o próprio Gritzbach, que usava PMs em sua escolta privada. Isso caracteriza a integração de agentes ao PCC.