Os policiais Leandro Ramos da Silva, Camila de Cássia Silva Bueno e Fábio Pereira Pontes, são os três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que
Juliana estava com a família
Em depoimentos, os três disseram que: “ouviu disparos de arma de fogo que pareciam vir do veículo que ria abordado, assim, os companheiros começaram a efetuar disparos na direção do veículo que continuou em movimento”. Em outro trecho do depoimento os três reconhecem que atiraram.
“Todos os ocupantes da viatura efetuaram disparos, o declarante e Leandro de fuzil e a motorista Camila de pistola”, mostrou o documento em reportagem do Fantástico nesse domingo (26).
A jovem
Quando Juliana foi atingida, o pai dela estava dirigindo o carro. A mãe ao lado e, no banco de trás, Juliana, o irmão e a namorada dele. Eles passavam pela rodovia Washington Luís, na altura de Caxias, na Baixada Fluminense.
Jovem baleada na cabeça por agentes da PRF fala pela primeira vez após um mês internada no Rio de Janeiro.
Segundo a família, o carro estava a 90 km/h na pista do meio, quando uma viatura da PRF se aproximou. Ao ver as luzes da polícia, o pai deu passagem e mudou para pista da direita. Mas a viatura o seguiu. Sem entender o que estava acontecendo, ele voltou para a pista central. Nesse momento, os policiais dispararam contra o carro.
Juliana contou que levou o tiro para salvar o irmão com deficiência visual
Ela pediu punição aos polícias que quase tiraram sua vida.
Jovem foi baleada durante abordagem da PRF no Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 2024.
Juliana foi salva por dois policiais militares que estavam próximo ao local e levaram a vítima em uma viatura para o hospital mais próximo.
“Graças a eles eu estou aqui”, finalizou. Conforme os médicos, os primeiros socorros salvaram a vida de Juliana. A bala não chegou a ficar alojada na cabeça dela.
A previsão de alta da vítima é de duas a três semanas.
Em nota, a Polícia Federal disse que “as investigações seguem em andamento, aguardando a conclusão da perícia técnica criminal do local de crime”.
Também por nota, a defesa dos três policiais rodoviários federais reafirmou o que eles disseram em depoimento:
“Que durante a abordagem foram ouvidos estampidos e que, naquele momento, os agentes acreditaram que o barulho vinha do carro da família. Isso os levou a efetuar os disparos”.