Juliana Rangel, de 26 anos
Ela deixou o CTI nesse sábado (25) e foi para um quarto no hospital, onde continua o tratamento.
Ainda com dificuldade de se comunicar, ela conta que se lembrar do que aconteceu.
Durante a reportagem, enfermeiros, médicos e fisioterapeutas, também falaram sobre o milagre.
Quando Juliana foi atingida, o pai dela estava dirigindo o carro. A mãe ao lado e, no banco de trás, Juliana, o irmão e a namorada dele. Eles passavam pela rodovia Washington Luís, na altura de Caxias, na Baixada Fluminense.
Segundo a família, o carro estava a 90 km/h na pista do meio, quando uma viatura da PRF se aproximou. Ao ver as luzes da polícia, o pai deu passagem e mudou para pista da direita. Mas a viatura o seguiu. Sem entender o que estava acontecendo, ele voltou para a pista central. Nesse momento, os policiais dispararam contra o carro.
Os três agentes envolvidos na ação - Leandro Ramos da Silva, Camila de Cássia Silva Bueno e Fábio Pereira Pontes -
Polícias assumiram os disparos
Em depoimentos, os três disseram que “ouviu disparos de arma de fogo que pareciam vir do veículo que ria abordado, assim, os companheiros começaram a efetuar disparos na direção do veículo que continuou em movimento”.
Em outro trecho do depoimento os três reconhecem que atiraram.
Em nota, a Polícia Federal disse que “as investigações seguem em andamento, aguardando a conclusão da perícia técnica criminal do local de crime”.
Jovem foi baleada durante abordagem da PRF no Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 2024.
Também por nota, a defesa dos três policiais rodoviários federais reafirmou o que eles disseram em depoimento:
“Que durante a abordagem foram ouvidos estampidos e que, naquele momento, os agentes acreditaram que o barulho vinha do carro da família. Isso os levou a efetuar os disparos”.
Juliana diz que se lembra e que tudo aconteceu muito rápido.
Ela pediu punição aos polícias que quase tiraram sua vida.
Juliana foi salva por dois policiais militares que estavam próximo ao local e levaram a vítima em uma viatura para o hospital mais próximo.
“Graças a eles eu estou aqui”, finalizou. Conforme os médicos, os primeiros socorros salvaram a vida de Juliana. A bala não chegou a ficar alojada na cabeça dela.
A previsão de alta da vítima é de duas a três semanas.