A coordenadora técnica do Laboratório PCS Saleme, Adriana Vargas dos Anjos, negou acusações de fraude, segundo o delegado Wellington Pereira, responsável pelas investigações das circunstâncias em que
Ele afirma, contudo, que elementos contradizem a alegação da suspeita. “Infelizmente, ela ratificou o depoimento anterior, mas encontramos três computadores, quatro telefones. Pode ser que lá a gente encontre outras informações importantes para a investigação”, disse.
Presa nesse domingo (20), Adriana Vargas dos Anjos é suspeita de ter dado a ordem para economizar no controle de qualidade dos testes feitos pela empresa. Adriana foi presa em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, durante a
Segundo as investigações, o laboratório reduziu o número de testes para controle de qualidade dos exames para economizar dinheiro, ou seja, os reagentes que deveriam ser analisados diariamente passaram a ser analisados semanalmente.
Para a polícia, o laboratório visou apenas o lucro deixando a preservação e segurança da saúde de lado. Adriana negou as acusações.
Durante a operação, outras duas pessoas foram conduzidas à Decon, para prestar depoimento, entre elas um ex-sócio do Laboratório PCS. As duas pessoas foram liberadas.
Ao todo, a 2ª fase da “Operação Verum” cumpriu 1 mandado de prisão e 8 de buscas e apreensão.
Na primeira fase da operação, que teve o objetivo de identificar os responsáveis pela emissão de laudos falsos feitos pelo laboratório, a polícia cumpriu quatro mandados de prisão. Dois dos mandos foram cumpridos no dia da operação, contra Walter Vieira, sócio majoritário do laboratório e Ivanilson Fernandes dos Santos, responsável técnico do laboratório. Jacqueline Iris Bacellar de Assis e Cleber de Oliveira Santos, foram presos nos dias seguintes.
A Polícia Civil segue investigando o caso. As investigações foram desmembradas em dois inquéritos. Uma parte está com a Delegacia do Consumidor, e a outra com o Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD). Os agentes apuram as circunstâncias em que as vítimas receberam os órgãos infectados e as possíveis irregularidades na contratação da empresa PCS Lab Saleme para a realização dos testes de HIV. Além da Polícia Civil, o caso é investigado pela Polícia Federal, Ministério da Saúde, Ministério Público do Rio e Secretaria de Estado de Saúde.