Uma ex-funcionária da rede de restaurantes Madero denunciou um supervisor por assédio moral e gordofobia na área administrativa de Águas Claras, no Distrito Federal. Conforme o relato da vítima, o superior criou um grupo, nomeado de “Kilos Mortais”, em um aplicativo de mensagens para monitorar e exigir que os funcionários fizessem academia e emagrecessem, para que eles “representassem melhor a marca”.
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Conforme o portal Metrópoles, a empregada tem 25 anos disse que participar do grupo era obrigatório e, caso ela não fosse à academia, era repreendida. Ela alega que a pressão e o controle sobre a aparência dela provocaram “considerável constrangimento e sofrimento moral” e impactos na saúde mental. “A pressão era tanta que, em algumas reuniões, eu não conseguia segurar as lágrimas”, afirmou.
Em uma gravação de um diálogo entre a funcionária e outra pessoa é possível escutar como eram feitas as pressões. “Não fala que eu te falei. Ele (o chefe) disse que você é uma boa gestora, mas você precisa se cuidar pessoalmente. A questão do seu perfil visual… Não está adequado conforme eles querem, entendeu?”, um homem fala.
À Itatiaia, o Grupo Madero afirmou que repudia qualquer forma de discriminação e que adota políticas rigorosas e realiza e treinamentos constantes para assegurar um ambiente de trabalho ético, inclusivo e respeitoso.