O “Maniaco do Uno”, que atacou sete mulheres na Zona Leste de São Paulo, está sendo investigado pela Polícia Civil por “constrangimento ilegal” e “tentativa de roubo”. As vítimas, entre 11 anos e 34 anos, foram abordadas na última sexta-feira (13), e em um curto espaço de tempo por ruas da Mooca e Sapopemba.
Segundo os relatos das vítimas, ele tenta agarrar e levar as mulheres para o interior de um Fiat Uno cinza, sem placa. Apesar de não terem sido violentadas sexualmente, as mulheres suspeitam que o objetivo do homem seria estuprá-las.
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Apesar disso, Ricardo Salvatori, delegado titular do 57º Distrito Policial (DP), Parque da Mooca, falou ao G1 que não há comprovação de que o objetivo do homem seria cometer qualquer crime sexual.
“Não deu tempo de ele falar o que ele pretendia efetivamente. Então, o tratamento onde ele não falou nada, verificamos ‘constrangimento ilegal’. E no que ele anunciou o assalto foi no [crime de] ‘roubo’”, disse.
“No momento certo, com a prisão dele, ele vai declarar a intenção dele”, disse o delegado. “Se ele falar: ‘não, eu tinha a intenção de um ato sexual, de um sequestro, de um sequestro-relâmpago com fins patrimoniais’... Ele vai se defender nesse sentido e a gente pode alinhar a investigação nesse sentido”.
Ele também deve ser investigado por “adulteração de sinais identificatórios de veículo automotor” já que conduzia um carro sem placas.
Uso de cocaína
A perícia Polícia Civil de São Paulo vai analisar se a substância contida em uma cápsula encontrada dentro do carro do homem apontado como maníaco da Mooca tinha resquícios de cocaína.
O suspeito, identificado, tinha passagens policiais por roubo qualificado e sequestro e ficou preso entre 2000 e 2009.
Muletas
Segundo a CNN, o homem foi visto pela última vez de muletas e com o pé esquerdo engessado, na última terça-feira (17).
Um vídeo de uma câmera de segurança de um mercado mostra o ele entrando no comércio em Sapopemba, na região leste da capital paulista.
Uma das hipóteses dos investigadores é que o suspeito estaria tentando enganar a polícia com o uso das muletas e do gesso.