A baixa do nível do rio Guaíba releva a destruição causada pelas enchentes e também peixes enormes mortos e cardumes vivos pelas ruas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Vídeos feitos pela reportagem da Itatiaia, que está no RS, dão a dimensão da tragédia e do desequilíbrio ambiental que ela pode causar.
Bagres e tilápias são algumas espécies encontrados em regiões distantes das margens do Guaíba.
De acordo com o instituto Metsul, o nível do Guaíba caiu abaixo da cota de 4 metros às 23h30 dessa terça-feira (21), de acordo com a régua de medição do Cais Mauá, junto ao Centro, o nível baixou a 3,99 metros. Às 5h da manhã desta quarta, a cota era de 3,93 metros. É a primeira vez desde o dia 3 de maio que o nível cai abaixo da cota, ou seja, o Guaíba permaneceu 18 dias consecutivos acima dos 4,00 metros.
O valor máximo da cheia ocorreu no dia 5 de maio, quando a régua marcou 5,35 metros. O Guaíba, então, começou a baixar e desceu quase um metro, mas houve um repique por um evento de chuva excessiva que devolveu o nível a 5,25 metros no dia 14. A partir daí o Guaíba começou a baixar.
De acordo com boletim atualizado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, às 18h de ontem, o número de municípios afetados chegava a 467. São 71,5 mil pessoas em abrigos, 581,6 mil desalojados e 2,34 milhões de pessoas afetadas.
As consequências dos eventos climáticos extremos deixaram 161 mortos. Há 806 feridos e 85 desaparecidos. O número de pessoas resgatadas supera 82,6 mil, e o número de animais resgatados é de 12,3 mil.