Na medida em que a
É possível ver prédios históricos tomados pela água, monumentos estragados,
Apesar da situação complicada, há empresários e empreendedores que acreditam na recuperação dos seus negócios. Esse é o caso do Lucas Silva, proprietário de um café na praça da Alfândega, no centro histórico da capital gaúcha.
“Graças a Deus
Apesar de ainda não ter calculado o tamanho do prejuízo, Lucas conta que a perda é de no mínimo R$ 20 mil. “Acho que tem em torno de uns 20, 30 mil reais de material e estoque. Mas ainda tem o tempo parado, mais a questão de funcionários. Não cheguei a contabilizar isso porque está sendo uma coisa de cada vez. Agora, a gente tem que recomeçar, criar forças, trabalhar muito e torcer para tudo dar certo”, acrescenta.
O empresário Agostinho Zucchi, dono de um outro café no centro histórico de Porto Alegre, acredita que já perdeu mais de R$ 100 mil, mas não abre mão de honrar o pagamento dos funcionários e de acreditar na recuperação do seu negócio e da cidade.
“Nós ficamos 16 dias debaixo d'água. No último sábado (18), a gente veio fazer a vistoria e constatei que a água era a mínima dentro de estabelecimento. Desde então, iniciamos a limpeza e o descarte de mercadorias vencidas e destruídas. Enfim, começou a nossa luta”, lamenta.
O comerciante ainda contabiliza todos os prejuízos da enchente. “A gente não tem como dizer exatamente qual será o (prejuízo) total. Nós temos nove geladeiras. Dessas, a gente não sabe se vai perder totalmente ou parcialmente. Considerando que o faturamento não vai existir e a gente, obviamente, se sente compelido a responder pelos salário dos funcionários, eu estimo que será no mínimo 100 mil reais de prejuízo. A gente perdeu muita coisa que estava aqui no café. O balcão foi destruído, madeiras, portas. A gente olha e dá uma tristeza. Mas, por outro lado, tem que erguer a cabeça e seguir”, finaliza.
Enchentes no RS
Segundo a Defesa Civil, as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, desde o fim de abril, já afetaram mais de 2,3 milhões de pessoas em 464 municípios, o equivalente a mais de 90% do estado gaúcho. De acordo com os dados mais atualizados, são 161 mortos, 85 desaparecidos, 806 feridos, mais de 72 mil em abrigos e mais de 580 mil desalojados (em casa de parentes e amigos).
Como ajudar?
Segundo as autoridades, desabrigados e desalojados que foram acolhidos pela Defesa Civil precisam não só de alimentos, como também de colchões, roupas de cama e banho e também cobertores. Quem mora na região de Porto Alegre pode contribuir presencialmente no Centro Logístico da Defesa Civil Estadual (avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, Porto Alegre).
Além de receber doações de vários itens, as autoridades permitem a doação de qualquer tipo de valor em dinheiro. Para permitir a colaboração de pessoas de outras cidades e estados, o Governo do Estado criou uma chave Pix para receber doações. Quem quiser contribuir, pode fazer um Pix para o CNPJ 92958800000138.