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Exclusivo: mortes em incêndios por sobrecarga elétrica crescem mais de 300% em 10 anos

Má qualidade de fios e cabos produzidos, vendidos e presentes em residências do país está entre as causas do aumento alarmante; em Minas, Bombeiros estudam criação de norma para instalações de baixa tensão

A má qualidade dos cabos e fios elétricos comercializados no Brasil não vem de hoje. Porém, nos últimos anos, houve uma invasão de produtos ruins no mercado, que não atendem aos padrões mínimos de qualidade e segurança, como denunciam diferentes entidades ligadas ao setor (ouça a reportagem especial no fim da matéria).

A engenharia criminosa prejuízo financeiro a uma indústria que emprega milhares de trabalhadores e ameaça a vida de pessoas que, sem saber, estão levando o perigo para dentro de casa.

A Itatiaia teve acesso com exclusividade a dados inéditos que expõe o tamanho do problema e como ele se agravou nos últimos dez anos, com aumento superior a 300% nas mortes e incêndios por sobrecarga elétrica no país. Os números estão na edição 2024 do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), ano base 2023.

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Na última década, os incêndios dessa origem saltaram 348%, saindo de 200 casos, em 2013, para 896 no ano passado. O aumento nas mortes chega a 318%, saindo de 16 para 67 óbitos no mesmo período. Muito desse resultado se explica pela presença massiva de cabos e fios elétricos ilegais.

Ouça o conteúdo completo no especial “Por um fio: os perigos do mercado ilegal de cabos no Brasil”:

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Júlio Vieira é repórter da Itatiaia.
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