O fisiculturista e empresário Renato Cariani, investigado em um esquema de desvio de produtos químicos para o tráfico de drogas, vai prestar depoimento à Polícia Federal (PF) de São Paulo nesta segunda-feira (18).
Na terça-feira (12), ele foi um dos alvos de uma
Pelas redes sociais, onde tem acumula mais de 7 milhões de seguidores, Cariani se defende negando a participação no esquema e dizendo que está sendo perseguido.
Segundo relevado no domingo (17), pelo Fantástico, da TV Globo, uma investigação da Polícia Civil, em 2016, encontrou produtos da Anidrol com um traficante. A investigação, assim como a da PF, também apurou notas fiscais falsas para o desvio dos produtos.
À época, Cariani apresentou uma troca de e-mails com Augusto Guerra, um suposto representante da AstraZenca - uma das grandes empresas usadas ilegalmente no esquema investigado para o grupo conseguir os produtos químicos. Ele também disse que chegou a se encontrar com o representante, em 2021.
O inquérito da Polícia Civil não avançou para descobrir sobre Guerra e foi arquivado no início deste ano. Porém, a PF descobriu que quem fazia os pagamentos das notas dos produtos eram pessoas ligados a um amigo de Cariani chamado Fábio Spinola - também alvo de buscas.
A polícia afirma que o amigo, apontado com elo entre o desvio de produtos e o tráfico de drogas, criou o e-mail falso e o personagem Augusto Guerra. Isso porque, conforme revelado pelo programa, os dados estavam no celular dele. Também havia dois recibos bancários de pagamento da criação do e-mail. Spinola alega inocência.
De acordo com a PF, entre 2014 e 2020, o esquema desviou cerca de 12 toneladas de produtos químicos, que seriam capazes de produzir mais de 16 toneladas de cocaína e 12 toneladas de crack. O inquérito tramita em segredo de Justiça.