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Para a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a redução foi positiva e apropriada para as circunstâncias atuais da economia brasileira, “caracterizada por um cenário econômico mais estável, pela resiliência do mercado de trabalho e do consumo e pela desaceleração da inflação”.
Ao mesmo tempo em que elogia a decisão, a Fiemg afirma que há espaço para uma redução mais significativa para que a atividade econômica do país ganhe impulso: “a edução em 0,5 ainda é tímida para alavancar a atividade econômica, uma vez que os juros seguem em patamar elevado, o que dificulta o acesso das empresas a crédito e investimentos.”
Divergência sobre 2024
Paulo Casaca, economista da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), afirma que é preciso ficar atento com o próximo ano. O especialista explica que as guerras em Israel e Ucrânia podem deixar a economia internacional ainda mais instável. Além disso, a política monetária restritiva do Banco Central dos EUA e as incertezas com a situação fiscal brasileira chamam a atenção.
“O Governo Federal já não se compromete em buscar o déficit primário zero em 2024. Isso eleva ainda mais os riscos de investimento e interfere na queda dos juros. Estes cenários externo e interno acabam por ofuscar os bons resultados recentemente divulgados [...]. Em suma, o aumento da instabilidade política, no Brasil e no Mundo, deve continuar a pautar a trajetória da atividade econômica. Esperamos que o cenário melhore rapidamente.”
Já a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) vê 2024 com bons olhos. nota assinada pelo presidente Marcelo de Souza e Silva cita os bons resultados da indústria e do consumo das famílias nos últimos meses e traz uma boa perspectiva para o próximo ano.
“O Brasil possui grandes oportunidades para 2024, afinal, as empresas mundiais querem diversificar seus fornecedores e reduzir a dependência de países específicos, especialmente aqueles diretamente ligados às tensões geopolíticas. Isso nos traz chances de um reposicionamento nas cadeias globais de suprimentos, aumento dos postos de trabalho, expansão do crédito, das vendas do varejo e aumento da renda, já que o corte nos juros impacta o poder de compra das famílias.”
Selic é reduzida pela quarta vez
Por unanimidade, o
Esse movimento de redução pode se manter em 2024. O Copom sinalizou que poderá cortar a Selic novamente em 0.5 ponto percentual nas próximas reuniões. O Copom volta a debater a taxa básica de juros em janeiro.