A juíza Kismara Brustolin, magistrada da Vara da Justiça do Trabalho de Xanxerê, em Santa Catarina, pediu afastamento do cargo na quarta-feira (30). Ela é investigada por exigir, aos gritos, que uma testemunha a chamasse de “excelência” durante uma sessão remota, realizada no dia 14 de novembro. As informações são da CNN Brasil.
Segundo o juiz Elton Sales, presidente da Anamatra 12 (Associação dos Magistrados da Justiça do trabalho de Santa Catarina), a magistrada foi afastada por motivos de saúde mental.
A Corregedoria Regional do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª região (TRT-SC) instaurou um procedimento para apurar a conduta da juíza. O órgão irá verificar se o comportamento da magistrada foi causado por um eventual transtorno mental.
Ainda na quarta, o TRT-SC decidiu pela
Relembre o caso
No vídeo da audiência que circula nas redes sociais, Kismara Brustolin se exalta ao chamar a atenção da testemunha e exigir ser tratada como “excelência”.
“Eu chamei sua atenção. O senhor tem que responder assim: O que a senhora deseja, excelência?”, afirmou.
Em seguida, a testemunha repete, por duas vezes, que não entendeu a colocação da juíza. Diante da situação, a magistrada gritou; “Responda, por favor”. Ela ainda esbravejou: “Repete!”
A testemunha chegou a questionar se seria obrigado a seguir a determinação da juíza e foi informado que o depoimento seria desconsiderado do processo. “O senhor não é obrigado, mas se o senhor não fizer isso, o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado”.
Em seguida, quando a testemunha afirmou que está à disposição para esclarecer “a inverdade de fotos” que estão no processo trabalhista, a juíza volta a gritar, ofende o depoente e determina a retirada dele da sala virtual. “Para, para! Bocudo!”
*Com informações da Agência Brasil