Cinco operadores de trens do Metrô de São Paulo foram demitidos na terça-feira (24) por causa de uma paralisação surpresa no feriado de 12 de outubro. Além deles, um funcionário foi suspenso por 29 dias e outros três, que têm estabilidade sindical, serão investigados pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e ficam sem salários.
Segundo a companhia, os serviços foram prejudicados em 49 estações, com interrupção total nas linhas Azul, Vermelha e Prata e operação com velocidade reduzida na Verde. A situação foi considerada falta grave. A companhia informou que também avalia outros casos e não descarta novas punições.
A decisão do Metrô foi baseada em provas compostas por imagens, áudios e relatórios que indicaram a conduta irregular dos nove profissionais. A direção da companhia avaliou que a paralisação atendeu apenas a interesses privados e descumpriu a legislação, por ter sido implementada sem aviso e sem qualquer autorização pela assembleia da categoria dos metroviários.
De acordo com o Metrô, os nove empregados punidos alegaram protestar contra advertências recebidas por outros três empregados da Linha Verde. Segundo a companhia, as advertências não implicavam em demissão ou redução de salários.
A paralisação deixou os trens paralisados e milhares de pessoas sem comunicação tanto nos trens como nas estações sem nenhuma informação, uma vez que os operadores haviam decidido deixar seus postos e fechar as estações.
Houve registro de protestos de passageiros e danos nas estações, o que colocou em risco a integridade do público e também de outros funcionários do Metrô. A companhia registrou mais de 30 evacuações de trem e 49 estações fechadas durante a paralisação de cerca de três horas.