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Pesquisa: veja como fica o fio após progressiva e descoloração

Resultados foram publicado pelo Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP)

Técnicas da física são usadas para mostrar danos dos procedimentos à estrutura interna dos fios

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) foi capaz de mostrar, pela primeira vez, em escala molecular, os danos da escova progressiva nos cabelos. O texto foi publicado no jornal da USP em 26 de setembro.

Segundo o texto, das amostras analisadas, as mechas de cabelos mais danificadas foram aquelas que passaram pelo processo de descoloração seguidas de progressiva — que apresentaram um aumento de quatro vezes na porosidade dos fios, resultando em cabelos ressecados, quebradiços, com frizz e pouca elasticidade.

“Os tratamentos cosméticos, como a descoloração e o alisamento, interagem com o cabelo em nível molecular, induzindo alterações em seus componentes e modificando suas propriedades físico-químicas e mecânicas das fibras”, explica ao Jornal da USP a autora da pesquisa, a engenheira química Cibele Rosana Ribeiro de Castro Lima, pesquisadora em pós-doutorado no Grupo de Fluidos Complexos do Instituto de Física.

O espalhamento de raios X identificou que o alisamento ácido causa alteração nas camadas lipídicas, gorduras que formam o complexo de membrana celular. Esses são responsáveis por manter os fios macios, brilhantes, flexíveis e impermeabilizados contra agentes externos.

“O resultado imediato da escova progressiva é lindo porque o produto forma um filme em torno da superfície do cabelo, deixando os fios brilhantes, alinhados, sedosos, livres de frizz, de volume e ondulações. Entretanto, é uma falsa impressão de que os cabelos estejam saudáveis e tratados”, explicou a especialista.

Segundo a pesquisadora, as mechas descoloridas e alisadas foram as mais danificadas em suas estruturas do córtex e da cutícula. “Isto aconteceu porque o clareamento causa perda de proteínas e lipídios importantes na fibra capilar, deixando o cabelo mais sensível a outros procedimentos de transformação”, diz.

A pesquisa ainda demonstrou outras alterações importantes nos cabelos, como a desnaturação da proteína alfa-queratina (perda estrutural de sua forma original), que dá força e elasticidade à fibra capilar. Neste caso, o dano é diretamente proporcional ao aumento da temperatura ou tempo de permanência da prancha em contato com os cabelos. Quanto maior a temperatura, maior será o dano causado tanto ao córtex quanto à cutícula, e essa mudança de estrutura é irreversível”, avliou a engenheira química.

*com informações do Jornal da USP

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