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Campinas confirma nova morte por febre maculosa e total de óbitos sobe para sete

Vítima é um homem de 40 anos, em 2023 foram nove casos e sete mortes

Em junho de 2023 a cidade passou por um surto de febre maculosa.

A prefeitura de Campinas confirmou nesta quarta-feira (20), mais uma morte na cidade por febre maculosa. A vítima é um homem de 40 anos que esteve nas margens do Rio Capivari e do Córrego São Vicente, na região do Jardim Nossa Senhora de Lourdes, região Sul de Campinas.

O homem apresentou os primeiros sintomas em 28 de agosto e morreu no último dia 2 de setembro. A cidade de Campinas, interior de SP, acumula em 2023 nove casos da doença, com sete mortes. Em 2022 foram registrados 11 casos, com sete óbitos.

Em junho desse ano cidade teve um surto da doença que começou na Fazenda Santa Margarida, espaço de eventos. Segundo a prefeitura a Secretaria de Saúde realiza constantes atividades de prevenção, como ações casa a casa, visitas domiciliares a casos suspeitos e vistorias em locais prováveis de infecção

Outra providência foi a sanção da lei 16.418, que obriga os estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos realizados em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela a informar sobre o risco de febre maculosa. Para atender à lei, foi realizada uma capacitação para orientar e esclarecer dúvidas destes profissionais

Além disso, reforçou todas as ações de comunicação, informação e mobilização contra a febre maculosa nos parques públicos com aumento de placas e distribuição de cartazes para farmácias e centros de saúde nas imediações de áreas consideradas de risco.

A transmissão

A febre maculosa é uma infecção grave, transmitida pelo carrapato-estrela infectado. Caso a pessoa passe por áreas de vegetação, mato ou pastos, especialmente próximas de cursos hídricos, onde há presença de cavalos e capivaras, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias, aos sintomas da doença (febre, dor de cabeça, dor intensa, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo).

Ao apresentar um desses sinais, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde e informar que teve contato com o carrapato e/ou esteve com locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidos com com outras doenças febris agudas, como covid-19 e dengue.

O que é a febre maculosa?

A febre maculosa é transmitida por um carrapato infectado do gênero Amblyomma sp., conhecido popularmente como carrapato-estrela, que pode se hospedar em capivaras e em outros mamíferos.

A doença pode demorar até duas semanas para se manifestar após o contato inicial e, conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, e paralisia dos membros, que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando parada respiratória.

Caso a pessoa passe por áreas de vegetação, mato ou pastos, especialmente próximas de cursos hídricos, onde há presença de cavalos e capivaras, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias, aos sintomas da doença.

Ao apresentar um destes sinais, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde e informar que teve contato com o carrapato e/ou esteve com locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidos com outras doenças febris agudas, como Covid-19 e dengue.

Não existe vacina contra a doença e não é possível eliminar totalmente o carrapato das áreas de vegetação. A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos apropriados.

*Com CNN