O governador Eduardo Leite decretou, nesta quarta-feira (6), estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. Além disso, os desfiles militares de 7 de Setembro foram cancelados em todo estado. Esses anúncios foram feitos em uma coletiva de imprensa realizada em visita a Lajeado, no Vale do Taquari, uma das regiões mais prejudicadas pelas chuvas nos últimos dias.
“Eu ajustei com o general Hertz, que é Comandante Militar do Sul, a suspensão dos desfiles militares em todo o Estado do Rio Grande do Sul, insisto aquilo que nós falamos: a melhor forma de homenagear nesse momento, a pátria e os cidadãos brasileiros, é todos trabalhando em favor desta sociedade que está sofrendo muito neste momento”, explica.
Ao todo, 180 militares e maquinários do exército serão empregados na organização e reconstrução das 12 cidades mais afetadas. O decreto de calamidade pública tem como objetivo facilitar o acesso a recursos financeiros federais, realizar compras emergenciais sem licitação e ultrapassar, se for necessário, as metas fiscais previstas para custear ações de apoio aos municípios atingidos.
O governador Eduardo Leite relatou ter sido contatado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que informou a impossibilidade de visitar o Rio Grande do Sul por causa da viagem à Índia, o vice-presidente Geraldo Alckmin, no entanto, foi acionado para manter contato. Nesta quarta-feira (6) visitaram o estado o ministro chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o gaúcho Paulo Pimenta, e o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que falou da complexidade em torno dos trabalhos de localização das vítimas.
"É assim que fica a situação uma pessoa que desaparece, que você não localiza, vocês não sabe o efeito que é isso em toda a sociedade, no que atua na Defesa Civil, nos governos, é impressionante. Temos que estar muito unidos, porque ainda tem situações de pessoas que não foram identificadas e a gente não sabe se quando é que termina”.
O número de mortes provocadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, desde o último domingo subiu para 37. Entraram para a lista de cidades com vítimas Encantado e Santa Teresa, com um óbito em cada cidade. Até o momento 79 municípios reportaram danos à Defesa Civil. O órgão estadual inclui agora nove pessoas como desaparecidas.
A Caixa Econômica Federal informou que vai liberar o saque do Fundo de Garantia de tempo de serviço por calamidade para trabalhadores que moram em municípios atingidos pela chuvas, o recurso será liberado a partir do momento em que a união reconhecer o estado de calamidade pública decretado pelo estado.
*Informações do repórter Jonathan Bittencourt