O Brasil bateu recorde de doadores de órgãos nos seis primeiros meses deste ano. Os dados são do Ministério da Saúde e mostram que de janeiro a junho, o país registrou mais de 1,9 mil doadores efetivos de órgãos, número recorde quando comparado com o mesmo período dos últimos 10 anos.
A doação de órgãos e tecidos voltou à pauta de discussões após o transplante de coração pelo qual passou o apresentador Fausto Silva.
“Esse é um número recorde de doações, quando comparados números do mesmo período dos últimos dez anos, e possibilitou a realização de mais de 4,3 mil transplantes”, destaca o Ministério da Saúde. Segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), esse quantitativo representa aumento de 16% no número absoluto de transplantes de órgãos, quando comparado com o mesmo período de 2022. O Brasil também registrou mais de 6,7 mil potenciais doadores nos primeiros seis meses deste ano.
O Ministério da Saúde reforça que a lista para transplantes é única e vale tanto para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada.
“Esses dados revelam a grande capacidade de recuperação do SNT após o impacto sofrido pela pandemia de Covid-19, apresentando um excelente resultado no primeiro semestre de 2023 no que se refere às doações e transplantes de órgãos sólidos e córneas, tanto em números absolutos quanto na taxa por milhão de população”, explica a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Daniela Salomão.
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Primeiro semestre
No primeiro semestre do ano, houve aumento significativo nas taxas de notificação de potenciais doadores (67,5 por milhão de população) e de doação (19 por milhão de população), de acordo com dados da pasta.
“Nós agradecemos a todos os profissionais de saúde envolvidos no processo de doação e transplante pelo excelente resultado. Também é importante destacar o papel das famílias doadoras por acreditarem e apoiarem o Sistema Nacional de Transplantes na missão de ajudar a salvar a vida dos brasileiros e brasileiras que aguardam por um transplante. Ressaltamos, ainda, a importância da doação consciente e altruísta”, acrescenta a coordenadora Daniela.
Transplantes
Por modalidade de transplante, de acordo com dados do SNT, houve aumento de 30% no número de transplantes de pâncreas, 20% nos transplantes renais, 16% nos transplantes de coração e 9% nos transplantes de fígado. Com relação aos transplantes de córneas, no primeiro semestre de 2023, foram realizados 7.810 procedimentos, 15% a mais do que o mesmo período do ano passado. Para os transplantes de células-tronco hematopoéticas (medula óssea) houve realização de 1.838 procedimentos - 6% de aumento.
Confira a quantidade de transplantes feitos de janeiro a junho deste ano:
Rim – 2,9 mil;
Fígado – 1,1 mil;
Coração – 206;
Pâncreas e rim – 47;
Pulmão – 37;
Pâncreas – 13;
Multivisceral – 1.