Sete servidores de uma creche pública no estado do Rio de Janeiro foram afastados após fazerem um “bolão” sobre o peso de um aluno de três anos. A diretora da unidade também foi afastada por suspeita de ato discriminatório. O caso aconteceu em Nova Friburgo, na região serrana do Rio.
A mãe da criança teve acesso as mensagens trocadas pelos funcionários em um grupo de WhatsApp, onde se referiam ao peso da criança como “arrobas”, unidade medida para pesar bois. Professores que não estavam envolvidos na situação expuseram um “print” da conversa em que a ganhadora do bolão passava a chave do Pix para receber a quantia de R$10 reais de cada participante.
“Eram três mães me perguntando se eu já sabia o que estava acontecendo. Falei que não. Elas perguntaram: a escola não te falou? Eu falei, não! Me contaram que meu filho tinha sido pego por sete funcionárias da creche, saído da sala, ido até a cozinha, onde tinha feito um bolão para saber o peso dele”, contou a mãe da criança ao portal G1.
A vereadora Priscila Pitta (Cidanania) entregou uma denúncia ao Ministério Público do Rio de Janeiro, que instaurou um procedimento administrativo para apurar os fatos. A secretaria municipal de Educação de Nova Friburgo repudiou a atitude e disse que também abriu um procedimento administrativo para apurar a denúncia.
"“A Secretaria Municipal de Educação repudia veementemente o ocorrido e informa que foi aberto um procedimento administrativo de Nº 21273/23 para apuração da denúncia apresentada. Cabe ressaltar que equipes da Secretaria de Educação estiveram na unidade realizando o acolhimento e prestaram o apoio necessário à mãe do aluno em questão.
É importante destacar também que a referida denúncia foi encaminhada para a direção escolar, que retornou informando sua versão dos fatos e, imediatamente, foi exonerada a pedido de sua função. Sendo assim, a equipe da Secretaria Municipal de Educação deu todo o respaldo administrativo para a continuidade da gestão escolar e acompanhamento dos servidores e estudantes na escola.
Diante da possibilidade de veracidade da denúncia narrada e da gravidade da descrição dos fatos que envolvem um estudante, é dever da Secretaria Municipal de Educação encaminhar para apuração e permitir a defesa prévia dos envolvidos, o que prontamente cumpriu desde 10 de agosto de 2023, quando tomou ciência do ocorrido.”