A Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) condenou uma mulher, de 21 anos, a 17 anos e seis meses de prisão pela morte da própria mãe de criação. Segundo o Ministério Público, o crime teria sido motivado pela “forma como a mulher a teria criado”.
Maria Izabete da Silva Ferreira, de 58 anos, foi morta em casa por um matador de aluguel, em 14 de junho de 2021. A filha, Raquel Costa de Oliveira, foi denunciada por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante pagamento, e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a jovem “confessou em sede policial ter encomendado a morte da vítima, Maria Izabete da Silva Ferreira, por sentir raiva da mesma, pela forma como a vítima lhe criou”.
Durante o interrogatório, Raquel optou por responder apenas às perguntas do defensor público e dos jurados. Na audiência de instrução, ela confessou que mandou e pagou um homem, que seria traficante, para matar a mulher que a criou desde os 10 meses de idade.
Raquel disse que conheceu o homem, apelidado de “cavalo”, na igreja em que frequentava. Ela teria pago R$2.500 pelo serviço, o que foi confirmado em extratos bancários. Segundo a jovem, ela pediu para que o autor matasse a vítimas a tiros e não a facadas. Raquel ainda afirmou que não sabia o verdadeiro nome do assassino, conhecido apenas pelo apelido.
O juiz de direito titular da 3.ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Henrique da Silva Jardim da Silva, manteve a prisão preventiva da ré e determinou o imediato cumprimento provisório da pena.