Uma operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar (PM) de São Paulo foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (26) contra uma quadrilha especializada em roubo de cargas no Estado. Os policiais foram às ruas cumprir dois mandados de busca e apreensão e três de prisão temporárias, válidas por 30 dias.
Até as 9h desta quarta, apenas um dos alvos de prisão tinha sido encontrado pelas polícias. Na casa dele, foram encontrados R$ 21,7 mil reais. Segundo a PF, ao perceber a presença dos policiais, ele tentou quebrar o aparelho celular.
Os roubos de cargas investigados aconteceram nas regiões de Campinas, Vinhedo e Atibaia. Os mandados, no entanto, estão sendo cumpridos em Campo Limpo Paulista. Eles foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Atibaia. Os presos serão levados para a capital paulista.
Segundo a polícia, os indivíduos com mandado de prisão são apontados pelas vítimas dos roubos como os responsáveis pela abordagem e, em alguns casos, pela manutenção delas em cárcere privado com emprego de ameaça e violência.
Os policiais buscam também nesta quarta por eventuais novas provas relacionadas aos crimes praticados pela associação criminosa.
Esta é a segunda fase da Operação Malta. Em março, as polícias tinham deflagrado a primeira fase, com o objetivo de prender pessoas envolvidas com crimes violentos de roubo de caminhões e cargas nas rodovias da região de Campinas e Cajamar.
No total, 50 policiais federais e 35 policiais rodoviários deram cumprimento a 21 mandados judiciais, sendo 13 mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Jundiaí e Jarinu, interior do estado de São Paulo.
A investigação começou em janeiro deste ano na Delegacia de Polícia Federal em Campinas e revelou que a associação criminosa era altamente especializada e ativa, tendo praticado sete roubos em um período de apenas 20 dias nas rodovias da região.
Conforme a investigação, os criminosos usavam de ameaça e violência, com emprego de armas de fogo, os criminosos mantinham os motoristas – e quem estivesse com eles, inclusive famílias – em privação de liberdade, obrigando-os à realização de transferências bancárias enquanto faziam o transbordo da carga e destinação dos veículos.
Os criminosos, segundo a polícia, não tinham preferência específica por carga. Com uso de equipamentos eletrônicos, a associação criminosa rondava as rodovias por horas em busca de um alvo ou oportunidade, havendo indícios que tenham praticado até quatro roubos em um só dia.
