O traficante Sérgio Luiz de Freitas Filho, de 44 anos, também conhecido como Mijão ou Xixi, é considerado o principal nome do PCC (Primeiro Comando da Capital) em atividade. Ele está foragido e é procurado pela Interpol (Polícia Internacional). As informações foram reveladas pelo UOL.
Mijão é um dos dez criminosos mais procurados do país, segundo a lista do Ministério da Justiça e Segurança Pública. De acordo com o Ministério Público de São Paulo, o criminoso conquistou o primeiro lugar da facção após a morte de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta. O MP-SP acredita que Tuta foi assassinado por não ajudar outros líderes da facção de fugirem de presídios federais.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado) de Presidente Prudente, órgão que responde para o MP-SP, considera Mijão como o principal integrante do PCC em liberdade.
Segundo dados do portal do BNMP (Banco Nacional de Monitoramento de Prisões), coordenado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça),criminoso responde a dois processos por tráfico de drogas e possui dois mandados de prisões em aberto.
Em abril deste ano, Mijão foi condenado a oito anos e dois meses por tráfico de drogas. Mas, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches, da 1ª Vara Criminal de Ivinhema, no Mato Grosso do Sul, deu o direito do acusado aguardar o julgamento em liberdade.
O traficante também foi acusado pelo Ministério Público Federal de ser o dono de 58 quilos de cocaína apreendidos pela Polícia Rodoviária, em novembro de 2013, em Ivinhema, no Mato Grosso do Sul. Segundo as investigações, Mijão negociou a droga com um fornecedor, também preso pelo crime, e iria levá-la para o estado de São Paulo.
O Gaeco afirma que Mijão é um dos principais negociadores de cocaína com fornecedores do PCC. Ele seria o responsável por comprar e pagar o armazenamento e frete da droga até os pontos de venda da facção.
Traficante foi absolvido em 2022
MIjão e mais três integrantes do PCC foram absolvidos no ano passado pelo juiz Thiago Baldini Gomes De Filippo, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo. Os quatro estavam entre os 19 integrantes da facção investigados pela “Operação Shark” (tubarão em inglês), deflagrada pelo MP-SP e pela Polícia Militar, em setembro de 2020.
A investigação revelou que o grupo movimentou R$ 1 bilhão com a venda de cocaína, entre janeiro de 2018 e julho de 2019. Após a absolvição, os núcleos do Gaeco em Presidente Prudente e em São Paulo recorreram da decisão judicial. Eles pedem para que os réus sejam condenados pelos crimes de associação à organização criminosa e lavagem de dinheiro. O recurso ainda não foi julgado.