O produtor Bruno de Souza Rodrigues, principal suspeito de ter matado o ator Jeff Machado, estaria circulando pelo Rio de Janeiro nas últimas semanas, em que esteve foragido da polícia. Bruno foi preso nesta quinta-feira (15) no Morro do Vidigal, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi encontrado por meio de uma rede de wifi usada por ele na parte alta da comunidade.
Segundo a delegada Ellen Souto, Bruno não apresentou resistência no momento da prisão. A polícia acredita que ele estava na comunidade há 5 dias e com um livre acesso, circulando pro bares e por bairros do Rio de Janeiro.
“Desde a expedição do mandado ele está circulando pelo Rio de Janeiro. Ele esteve em diversos bairros, esteve na Baixada Fluminense, mas há cinco dias ele se manteve fixo nessa comunidade, razão pela qual decidimos realizar a operação ontem, confirmamos a noite e decidimos nessa manhã realizar a operação”.
Jeff Machado foi encontrado morto e enterrado em um baú sob dois metros de concreto, no quintal de uma casa em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Ele estava com os braços amarrados acima da cabeça e ferimentos no pescoço. Ele estava desaparecido desde janeiro. À época, interpretava um soldado filisteu na novela Reis, exibida desde março de 2022 na Record TV.
Crime premeditado
O crime foi premeditado cerca de dois meses antes. Conforme a delegada responsável pelas investigações da morte de Jeff Machado, Elen Souto, o crime começado a ser planejado em novembro do ano passado — quando o suspeito Bruno Rodrigues alugou o imóvel onde o corpo de Jeff foi encontrado.
Rodrigues teria se passado por Jefferson enquanto negociava com a dona da quitinete alugada. “A premeditação começou no dia 30 de novembro de 2022, quando o Bruno decide alugar a quitinete onde o cadáver seria ocultado. O Bruno quis, a todo momento, não demonstrar que ele que estava negociando o imóvel, se passando para a proprietária como se fosse o Jefferson que estava alugando”, explicou a delegada.
Elen Souto também informou que a Polícia Civil confirmou que Jeff Machado morreu no dia 23 de janeiro deste ano. A delegada disse que Jeff faleceu acreditando que de fato participaria de uma novela. “O crime se deu três dias antes da data em que Jeff acreditava que iria começar a gravar uma participação em uma novela. Ele acreditava que as gravações começariam no dia 26 de janeiro”, informou.
Bruno trabalhou na Globo, mas foi demitido da emissora em 2018. Em comunicado, a emissora disse que forneceu à polícia os detalhes do desligamento de Bruno da empresa. Entretanto, a Globo não deu maiores detalhes à imprensa sobre por quanto tempo o acusado foi seu funcionário e o motivo para a demissão.