De acordo com a pesquisa divulgada nesta terça-feira (11), a gasolina foi o grande vilão do IPCA em março, registrando um aumento superior a 7% no mês. O índice para a Grande BH representa o segundo menor resultado mensal entre as 16 áreas pesquisadas. Em todo o país, a variação mensal foi de 0,71%.
Segundo o economista, Luiz Carlos Gama, só nos três primeiros meses do ano já alcançamos quase a metade do total previsto para 2023.
“No acumulado desse ano é possível perceber no Brasil como um todo uma taxa acumulada de 2.09%, enquanto para a Região Metropolitana de BH, de 2.04%, o que é preocupante, dado que a meta de inflação pro ano é de 3.25%, com limite superior de 4.75%", explica.
Na região metropolitana da capital, os grupos que apresentaram maior alta foram: transportes, com 1,42%; despesas pessoais, com 0,86% e habitação, com o mesmo valor; e saúde com 0,66%. Para o economista, ainda assim, houve queda em alguns pontos essenciais.
“Entrando mais a fundo no índice percebemos uma queda em alimentos, e, também, os gastos residenciais por dois meses seguidos, né? E no caso do transporte o grande vilão foi a gasolina com aumento de mais 7% no mês, mas em contrapartida vimos uma queda no preço das passagens aéreas”, conta.
Para Luiz Carlos Gama, poderia ter sido melhor, mas o balanço é positivo.
“De forma geral realmente houve uma melhora. Ainda tem um caminho longo a ser percorrido, mas em comparação, no ano passado houve uma melhora em razão de uma atuação mais ferrenha do Banco Central no últimos meses”, completa.
Informações do repórter André Vasconcelos.