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Anestesista acusado de estuprar paciente durante parto em hospital do Rio tem registro cassado

Sentença foi determinada por unanimidade durante plenária de julgamento; médico está preso desde julho do ano passado

Sentença foi determinada por unanimidade durante plenária de julgamento

O médico anestesista, Giovanni Quintella Bezerra, teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ), em decisão unânime nessa terça-feira (28). A sentença foi determinada durante plenária de julgamento. O médico está preso desde julho do ano passado acusado de estuprar uma paciente durante o parto em um hospital do Rio de Janeiro.

“A cassação do registro é a penalidade mais alta, de acordo com a legislação vigente. Com isso, Giovanni Quintella Bezerra fica impedido de exercer a medicina no Brasil”, declara nota divulgada pelo Conselho.

O médico está preso desde 11 de julho do ano passado acusado de estupro de vulnerável. Caso seja considerado culpado pela Justiça poderá pegar até 15 anos de prisão. A data do julgamento ainda não foi determinada.

A prisão preventiva foi decretada pela juíza Rachel Assad. Na decisão, a juíza chama a atenção para a gravidade do ato praticado pelo médico, que sequer se importou com a presença de outros profissionais a seu lado, na sala de cirurgia.

“Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, destaca a magistrada, na decisão.

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Rachel Assad ressaltou ainda o mais completo desprezo do anestesista Giovanni Bezerra “pela dignidade da mulher, pela ética médica e pelo compromisso profissional que firmara não havia muito tempo”.

“Em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava à luz seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários”, escreveu a magistrada.

Com informações da Agência Brasil

Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022