Ouvindo...

Santander e Safra acionam a Justiça para suspender recuperação judicial da Americanas

Há ainda um pedido para que a Justiça determine que a Americanas comprove, em 24 horas, que a cidade do Rio de Janeiro é de fato o principal local de sua sede

Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial do grupo Americanas no dia 19 de janeiro

O Santander e o Safra entraram com recursos (agravo de instrumento) na Justiça para suspender a Recuperação Judicial (RJ) das Americanas. O Santander, em dois documentos com a data desta terça-feira, 24, argumenta que o “pior já aconteceu” e alega que a Justiça do Rio de Janeiro não é a mais apropriada para julgar o pedido da rede de varejo, que deveria transcorrer em São Paulo, onde a maior parte das decisões da rede é tomada.

“O processamento da recuperação judicial deve, sempre, se dar no foro em que o devedor centraliza a direção geral dos seus negócios”, argumentam os advogados do Santander, em documento que o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) teve acesso.

No pedido, há até fotos de um prédio, que o documento diz ser a sede da Americanas no Rio.

Há ainda um pedido para que a Justiça determine que a Americanas apresente, em 24 horas, documentos que “comprovem cabalmente” que a cidade do Rio de Janeiro é de fato o principal local de sua sede.

Já o Safra, que tem R$ 2 bilhões em linhas de crédito com a varejista, alega que seria necessária uma perícia mais detalhada para saber as condições reais da rede de varejos e que ela não apresentou os três últimos balanços, um dos requisitos em um processo de recuperação judicial.

Procurados, Santander e Safra não se pronunciaram até o fechamento deste texto.

Leia mais

Americanas declara dívida de R$40 bi à Justiça e deve pedir recuperação judicial

B3 anuncia exclusão da Americanas de todos os índices da bolsa nesta sexta

Lojas Americanas: memória afetiva da marca resiste e é trunfo contra falência

Acompanhe as últimas notícias produzidas pelo Estadão Conteúdo, publicadas na Itatiaia.