Manifestações em prol da democracia e contra os ataques ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, neste domingo (8), ocorreram em Belo Horizonte e outras capitais do Brasil na noite desta segunda-feira (9). Os atos foram convocados pelas redes sociais por movimentos sindicais e torcidas organizadas, logo após imagens de depredação do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) repercutirem no país.
As organizadas dos principais times paulistas, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos, participaram da convocação e os torcedores se concentraram em frente ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp), no centro da capital de São Paulo. As organizadas de Minas Gerais não se pronunciaram sobre o assunto, mas o presidente da Galoucura, Josimar Josias Júnior, publicou um vídeo neste domingo dizendo que está disposto a “lutar pela democracia”.
“Liga, meu presidente. Não é jogo do Galo, não, mas se você ligar nós aí, a tropa já vai avançar em direção à Brasília. Vamos ver se é isso tudo mesmo. É a tropa do fura bloqueio em ação novamente”, disse em um vídeo publicado nas redes sociais.
Leia mais:
Avenidas no centro de Belo Horizonte são fechadas devido à manifestação Aras pede abertura de investigação sobre invasão de criminosos a sedes dos Três Poderes, em Brasília Presidentes dos Três Poderes divulgam nota conjunta e pedem paz e respeito à democracia
Belo Horizonte
Os manifestantes se concentraram na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, por volta das 18h e agora seguem em direção à Praça da Estação. Neste momento, o trânsito no Centro da capital mineira está lento, como reflexo dos atos.
O grupo está acompanhado de um carro de som e seguram placas pedindo respeito à democracia brasileira e punição aos líderes do movimento que depredou o Congresso Nacional e STF na tarde deste domingo (8).
A manifestação é acompanhada pela Polícia Militar de Minas Gerais, pela Guarda Civil Municipal e pela BHTrans, que realiza ações no trânsito do centro da cidade.
Rio de Janeiro
Na capital fluminense, a manifestação foi convocada pelos movimentos sociais e sindicais, e as pessoas se concentram na Praça da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. Apesar da chuva, manifestantes continuam na rua segurando placas com a frase “Sem Anistia”, pedindo para que os responsáveis pelo ataque de domingo em Brasília sejam punidos pela Justiça. O ato está sendo acompanhado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Na manhã desta segunda-feira (9), os três poderes do estado do Rio de Janeiro publicaram uma nota conjunta repudiando os atos violentos contra o regime democrático de direito que aconteceram em Brasília. Os poderes legislativo, judiciaria e executivo do estado fluminense afirmaram que vão combater as iniciativas antidemocráticas.
Além disso, o governador Cláudio Castro (PL) determinou que as forças de segurança continuem com intenso monitoramento para evitar ações de depredação contra o patrimônio público e privado, afirmando que as cenas ocorridas em Brasília não serão repetidas no Rio de Janeiro. Seguindo orientações do STF, o último acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente ao Comando Militar do Leste, no centro da cidade, começou a ser desocupado nesta segunda-feira (9) pela polícia do exército.
São Paulo
Na capital paulista, a movimentação começou por volta das 17h no vão livre do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp) e já ocupa mais de dois quarteirões. O protesto foi convocado nas redes sociais por movimentos sociais, sindicais e pelas torcidas organizadas dos times de futebol paulistas.
No início da tarde, outra manifestação aconteceu em frente à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, apoiadores do ex-presidente desmontaram o acampamento em frente ao quartel-general da 2ª região no Ibirapuera. Eles ficaram no local por 71 dias.
Leia mais:
Bolsonaro pode ser extraditado para o Brasil? Veja o que diz tratado assinado com EUA Destruído após invasão de aliados de Bolsonaro, prédio do STF passa por perícia
Brasília
Na capital federal, manifestantes se reuniram em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, por volta das 17h. Lá, eles pediram respeito à democracia brasileira e também carregaram placas com a frase “Sem Anistia”, pedindo para que os responsáveis pelo ataque de domingo em Brasília sejam punidos pela Justiça.