Símbolo de religiosidade, combate ao machismo e violência contra as mulheres, Benigna Cardoso da Silva, a Menina Benigna, foi beatificada nesta segunda-feira (24), em cerimônia realizada em Crato, no interior do Ceará. A data marca ainda a morte dela, aos 13 anos, em 24 de outubro de 1941, quando foi atacada e morta a facadas após rejeitar investidas de um homem.
Além da cerimônia, o local foi palco de um musical no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti. O papa Francisco não esteve presente, mas foi representado pelo cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus.
Segundo conta Danilo Sobreira, coordenador de Pastoral da Paróquia Senhora Sant’Ana de Santana do Cariri, em relato ao site Vatican News, “Benigna, em vida, foi vista como uma pessoa santa. Era muito dedicada aos estudos, caridosa, amante da natureza e dos animais, extremamente religiosa, com assídua participação na Eucaristia aos domingos”.
Conta a tradição que, desde a morte da jovem, ela passou a ser invocada como um mártir, ou heroína da castidade. Fiéis acendiam velas no local do assassinato, e pediam por intercessões. Uma capela chegou a ser construída ali, e as romarias de intensificaram depois que a Igreja Católica assumiu a causa, em 2013.
Para 2023, é esperada ainda a inauguração do Complexo de Benigna, na região de Santana do Cariri, no Ceará. O local terá espaço amplo para romeiros, e uma estátua de Benigna com mais de 20 metros de altura, além de um santuário.