Três anos depois de pesquisadores encontrarem na Amazônia as árvores mais altas já do país, com média de 80 metros de altura, eles finalmente conseguiram medir a mais alta com 88,5 metros, o (equivalente a um prédio de 30 andares). Todas as árvores encontradas são da espécie Diniza excelsa duck, popularmente conhecida como angelim vermelho e foram mapeadas por satélite em 2018.
Os angelins vermelhos foram detectados durante uma pesquisa com sensores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Para chegar à “gigante”, eles contaram com o apoio de moradores da comunidade extrativista de São Francisco do Iratapuru, no Sul do Amapá, que percorreram todo o trajeto da expedição de 2019 e mais cerca de 10 quilômetros em mata fechada.
O encontro dessa árvore de 88,5 metros ocorreu durante 5ª expedição. Os pesquisadores consideram “gigantes” as árvores que têm mais de 80 metros na região, ou seja, o dobro do dossel da floresta, conforme explicou o pesquisador da UFVJM e coordenador da expedição, Eric Gorgens.
“Em geral, as árvores atingem, em média, 45 a 50 metros de altura, mas a gente começou a perceber que muitas das árvores que a gente tinha identificado chegavam a 80 metros de altura, ou seja, o dobro do esperado para estrutura florestal como um todo”, explicou Gorgens.
A diferença na média de altura é estudada pelos pesquisadores que compõem o projeto Monitoramento Integrado das Árvores Gigantes da Amazônia, coordenado pelo Instituto Federal do Amapá (Ifap), em Laranjal do Jari. O grupo possui integrantes de universidades e institutos de pesquisa do Brasil, País de Gales, Inglaterra e Finlândia.