A nona edição da “Missão Compradores”, intercâmbio anual que reúne executivos internacionais de indústrias têxteis, começou neste domingo (3) e vai até o próximo sábado (9). Realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a ação percorre fazendas, algodoeiras, laboratórios e escritórios dos três estados brasileiros com maior
Em 2025, a delegação reúne 20 executivos de indústrias têxteis de seis países: China, Índia, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Turquia. Juntos, os representantes responderam por 84,9% das exportações brasileiras de algodão no ano comercial 2024/2025. Como o modelo brasileiro de cultivar algodão é único no mundo, além das visitas guiadas a campo, a missão inclui workshops técnicos sobre sustentabilidade, qualidade e rastreabilidade do algodão.
Segundo o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, a “Missão Compradores” é fundamental para qualificar o algodão brasileiro no mercado internacional. “É a oportunidade de mostrarmos às pessoas por trás dos números e deixarmos clara a nossa vocação de produzirmos com responsabilidade socioambiental”, explica.
Na temporada passada (2023/24), 84% da safra brasileira foi certificada pela Better Cotton, principal plataforma certificadora de boas práticas socioambientais na cotonicultura mundial. Atualmente, algodão e indústria têxtil geram mais de 10 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil.
Estratégias de mercado
A Missão Compradores faz parte da estratégia de mercado da Abrapa, sendo uma das ações que levou o Brasil a ser a maior liderança global na exportação de algodão em 2024, embarcando 2,680 milhões de toneladas de pluma ao exterior.
Além de liderar as exportações, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de pluma, ficando atrás apenas da China e da Índia. No ano comercial 2023/2024, o país produziu 3,2 milhões de toneladas, equivalente a 13% da safra mundial. Para o ciclo atual, a previsão da Abrapa é que sejam colhidas 3,9 milhões de toneladas.