A 20ª edição da
Entre os dias 10 e 14 de junho, cerca de 90 mil visitantes, produtores e empresários do setor passaram pela feira, com forte presença de estrangeiros.
O faturamento milionário deve-se a venda de bovinos, equipamentos, máquinas, utilitários, produtos lácteos, além de diversos outros serviços e produtos. O montante desta edição é 20% superior ao registrado em 2024.
Ao todo, foram realizados 11 leilões e shoppings , três a mais que no ano anterior. Cerca de 125 empresas expuseram seus produtos em estandes na Megaleite, incluindo na
As competições e mostras das raças Girolando, Gir Leiteiro, Holandês, Guzerá, Guzolando, além dos Búfalos, abrigaram 1500 animais.
Genética brasileira atrai mercado internacional
O interesse de vários países pela genética do rebanho leiteiro do Brasil ficou evidente nos acordos firmados pela Girolando na área de melhoramento genético bovino. A partir de agora, os rebanhos da raça Girolando registrados pela Associação de Criadores de Zebu do Peru (Asocebu Peru) e da Associação de Criadores de Gir e Girolando do Equador (Asogyre) contarão com avaliação genômica gerada pela entidade brasileira.
O termo de cooperação técnica foi firmado durante a Megaleite e prevê que as avaliações genômicas serão geradas pela Embrapa Gado de Leite e pelo Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG).
Além da entrega das avaliações dos animais, a Girolando também fará orientação técnica aos criadores para melhor utilização das informações em planejamentos estratégicos das fazendas.
Comitivas de vários países visitaram a Megaleite, dentre eles Colômbia, Equador, Peru, Nicarágua, Costa Rica, México, Venezuela e Panamá.
Um deles foi o colombiano de Medelín, Camilo Rodriguez, criador da raça Gir Leiteiro. “Vim prestigiar um parceiro que comemora 30 anos de leilão mas também olhamos muitos os animais, as novas técnicas para as raças”, contou à Itatiaia.
Camilo Rodriguez, criador da raça Gir Leiteiro na Colômbia
“O mais importante que sempre observo é o manejo dos animais, o Brasil vai muito a frente e também na alimentação. É muito importante saber como alimentar os gados porque interfere na produção final”, afirma Rodriguez que usa a genética brasileira.
Para o colombiano a pecuária leiteira brasileira conta com uma grande aliada: a tecnologia. Ele ainda contou que é um grande sonho criar gados da raça Girolando, que apresenta alto nível de eficiência reprodutiva, sobretudo no clima tropical.
Girolando assina acordo com o Mapa
A Girolando e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) assinaram, durante a Megaleite 2025, um protocolo de intenções com foco em cooperação técnica. O objetivo é propor diretrizes e alinhar ações que fortaleçam a competitividade do setor agropecuário e contribuam para a valorização da imagem do agronegócio brasileiro no Brasil e no exterior.
O acordo foi assinado pelo presidente da Girolando, Domício Arruda e pela diretora de Promoção Comercial e Investimento do MAPA, Ângela Pimenta Peres.
“A demanda por Girolando no exterior é grande. Muitos países que visitamos para divulgar o agro brasileiro demonstram interesse em importar a raça. Com o reconhecimento do Brasil como área livre de aftosa sem vacinação, a expectativa é de que essa demanda aumente. E existem várias possibilidades de atendermos os países interessados, desde o envio de animais vivos de corte com embrião de Girolando, atendendo demanda por corte e leite, ou o que já mais comum, que é a exportação de sêmen, embriões e animais vivos Girolando”, explica o presidente da Girolando Domício Arruda, que durante a Megaleite participou da Caravana do Agro Exportador, onde adidos agrícolas apresentaram as possibilidades de negócios para a pecuária brasileira.