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Sebrae divulga vencedores do concurso ‘Chapada de Minas’ na Semana Internacional do Café

2a. edição do Prêmio de Qualidade celebra sucesso do trabalho de governança e assistência técnica que possibilitou aumento no volume e na valorização das exportações

Cafeicultor comemora vitória no Concurso Chapada de Minas promovido pelo Sebrae

Dizem que ninguém faz nada sozinho. Com base nessa premissa e de olho no desenvolvimento de regiões e cadeias do agro, o Sebrae Minas desenvolve um trabalho para valorizar, qualificar e oferecer uma “marca” a cafeicultores de uma região que já tinha uma forte vocação para a cafeicultura: a Chapada de Minas, no Vale do Jequitinhonha.

A iniciativa teve início em 2019 com palestras e dias de campo que reforçaram a importância de uma boa estratégia de governança. Além disso, também foi oferecida assistência técnica e gerencial por meio de uma entidade parceira. O analista técnico de agronegócio do Sebrae, Cláudio Wagner de Castro, contou que, nos dois primeiros anos, os cuidados na colheita e no pós-colheita, que influenciam diretamente na qualidade do café, foram exaustivamente reforçados junto aos 5 mil produtores de café envolvidos. Hoje, há no estado, nove regiões produtoras de café e apoiadas pelo Sebrae.

No caso da Chapada de Minas, o momento é de celebração dos bons resultados. Tanto que aproveitaram a Semana Internacional do Café para divulgar os vencedores da 2ª edição do Prêmio de Qualidade da Chapada de Minas. O gerente regional do projeto, Rogério Nunes, conta que os vencedores e outros tantos já exportam o chamado ‘café especial, de origem controlada’, para a Austrália. Segundo ele, alguns até já mandavam café para fora, mas não com a valorização que têm hoje, após o reconhecimento da denominação de origem da região. Não havia uma cooperativa ou qualquer outra forma de organização dos produtores locais”.

Segundo ele, depois da governança e de muitas consultorias técnicas, com o grupo já mais maduro, deu-se início ao trabalho de prospecção de novos mercados, o que não foi difícil. “Quando a gente desenvolve um trabalho como esse, insere aquela região no mapa do mundo do café”, destaca Cláudio Wagner. Ele explica que, antes, existia a cidade de Capelinha. Hoje, existe a região Chapada de Minas. E esse conceito de região é muito mais reconhecido tanto na Europa, quanto nos Estados Unidos, a partir das indicações geográficas que começaram por lá muitos anos atrás.

“Quando você diz a um comprador internacional que tem para vender um café de uma determinada região, de origem controlada, com uma marca compartilhada por vários produtores, e que tem uma governança por meio de um instituto, isso tem muito mais força do que um produtor individual, acessando sozinho o mercado”.

Os vencedores foram do 2ª Edição do Prêmio Chapada de Minas foram:


Categoria Natural

1 - Rodrigo Crimaudo Mendes

2 - Gilson Pereira da Silva

3 - Valdeci Pacheco de Oliveira


Categoria Cereja Descascado

1- Fazenda Primavera

2 - Luís Manuel - Fazenda Vista Alegre

3 - Sérgio Meirelles Filho - Fazenda Alvorada

Todos os vencedores fazem parte do projeto Chapada de Minas e junto com os outros 5 mil produtores da região, produzem 800 mil sacas de café por ano.

Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.