De janeiro a julho deste ano, o Brasil importou 161 mil toneladas de lácteos, alta de 158% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do sistema de consultas Comex Stat. Conforme acompanhamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o volume total equivale a 1,2 bilhão de litros de leite que deixaram de ser captados no Brasil, aumento de 268% ante 2022 e consolidando assim o maior volume da história para o período.
Esses dados alarmantes foram apresentados ontem (10) ao ministro da agricultura e pecuária Carlos Fávaro pelo vice-presidente de Finanças da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Renato Laguardia; o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Guilherme Dias, e o deputado federal Diego Andrade (PSD/MG), durante reunião em Brasília.
Os participantes mostraram, mais uma vez, ao ministro que esse aumento na importação de leite em pó traz impactos negativos na competitividade e afeta todos os produtores rurais, principalmente porque alguns países aplicam subsídios diretos à produção, o que traz distorções ao mercado e torna a concorrência desleal com os produtores brasileiros.
De acordo com Laguardia, o ministério se comprometeu a adotar medidas já nas próximas semanas. “O ministro disse que atuará de maneira consistente para rever a situação das importações e em prol de nossos produtores”, relatou.
O deputado Diego Andrade reiterou acrescentando que “o ministro prometeu apurar as denúncias e intensificar a fiscalização, o que é muito importante para que a gente possa avançar com a produção de leite em Minas e no Brasil”.
*Com informações de Ascom Faemg.
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