Agora é oficial. Conforme noticiado pela Itatiaia, em primeira mão,
A estruturação de um canal exclusivo e emergencial ocorre após articulação do Sistema Faemg com o governo de Minas, por meio do governador Romeu Zema e do secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes. O objetivo principal é encontrar alternativas para dar condições adequadas à produção agropecuária. Na prática, a ideia é que, em caso de interrupção no fornecimento de energia, o produtor tenha informações mais assertivas com relação ao tempo de restabelecimento.
“Por exemplo, se cai a energia numa fazenda de leite, o produtor precisa ser informado do tempo médio para o restabelecimento - se serão 24, 36 ou 72 horas - isso ajudaria bastante na tomada imediata de decisão. Se for algo mais complexo e for demorar muito, ele pode solicitar ao laticínio mais urgência na vinda do caminhão para buscar a mercadoria, evitando um prejuízo ainda maior. Só não dá pra ficarmos - como se diz na roça - embaixo do balaio”, disse o presidente da Faemg, Antônio de Salvo.
“Sabemos que isso não resolverá o problema das constantes interrupções de energia. Mas é um suporte, um ‘paliativo’ que ajudará bastante. Continuaremos vigilantes, ativos e cobrando soluções efetivas, que representem um atendimento adequado às demandas dos produtores”, assinalou.
O secretário Thales Fernandes afirmou que o novo canal para receber as queixas dos produtores busca reduzir o tempo de resposta aos episódios de faltas de luz. Estudos realizados pelo Sistema Faemg indicam que propriedades rurais ficam de 4 horas até mais de uma semana sem luz, gerando prejuízos imensuráveis à atividade agropecuária.
“Haverá um canal exclusivo, principalmente nesses atendimentos emergenciais, para que as respostas não demorem tanto. Paralelo a isso, nós também estamos ouvindo as demandas dos produtores sobre novas instalações e na priorização dos maiores polos de produção do estado, para que essas ações sejam feitas imediatamente”, reforçou o secretário.
O presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho reconheceu que a companhia precisa avançar para oferecer uma estrutura melhor aos produtores rurais. “Estamos realizando o maior programa de investimentos da história. E dentro desses investimentos, queremos ter um foco muito grande na área rural. Poder entender melhor as demandas, para nós é muito importante. Porque o que queremos é entregar a melhor energia possível ao produtor rural”, argumentou.
Atualmente, a Cemig é responsável por fornecer energia elétrica em 774 municípios mineiros, em uma área que abrange 370 sindicatos de produtores rurais.
(*) Com informações da Faemg.